Uma mulher grávida e um bebê morreram após o parto na última quarta-feira (21), em uma maternidade no município de Anchieta, no sul do Espírito Santo.
Elisângela Brandão do Nascimento, de 32 anos, esperava pelo nascimento de Mikaely, sua quarta filha. De acordo com a família, Elisângela andava com um papel na carteira porque era alérgica a vários medicamentos. “Ela estava bem. Andava pelo hospital e falava com a gente. Nos preocupamos muito e vamos investigar o que realmente aconteceu com ela. A gravidez fio tranquila e não teve problema algum “, contou um familiar que preferiu não ser identificado.
Os parentes suspeitam que a mulher tenha sido medicada com um remédio que não podia tomar. “Em um determinado momento ela reclamou que estava sentindo muita dor. Acreditamos que um medicamento errado pode ter levado à morte. Tentaram salvar a criança, mas não conseguiram”, disse outro parente que preferiu não ter o nome divulgado.
Uma mulher que estava acompanhando a irmã no mesmo quarto em que Elisângela estava gravou um áudio alegando o que viu acontecer dentro do hospital. Segundo a família, a mulher vai servir como testemunha no caso que foi encaminhado para a Divisão de Homicídios e será investigado pela Polícia Civil (PC). Os corpos de mãe e filha foram levados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, uma necrópsia será realizada nos corpos de Elisângela e do bebê que vai apontar a real causa das mortes. O resultado do exame deve sair em até 30 dias.
Representantes do Hospital e Maternidade Anchieta publicaram uma nota de esclarecimento em uma rede social. Na mensagem, eles lamentam o ocorrido, e explicam que todo o suporte foi oferecido a paciente, desde a entrada no hospital. O hospital diz ainda que solicitou o laudo do serviço de verificação de óbito para apuração dos fatos.
