O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ofereceu ajuda ao Equador para combater organizações criminosas. Durante uma conversa telefônica com o presidente do Equador, Daniel Noboa, Lula manifestou interesse em colaborar nas áreas de inteligência e segurança. Esta oferta foi feita como parte de um esforço conjunto para enfrentar o crime organizado, que afeta ambos os países.
Segundo o Planalto, o presidente brasileiro ouviu uma análise de Noboa sobre as ações de combate ao narcotráfico e ao crime organizado no Equador. Lula expressou solidariedade ao presidente equatoriano e destacou a disposição do Brasil em ajudar, principalmente por meio de ações de cooperação em inteligência e segurança. Esta cooperação é vista como essencial para lidar com o desafio do crime organizado, que atinge não só o Equador, mas também o Brasil.
Durante a conversa, Lula ressaltou que o combate ao crime organizado é um desafio em vários níveis de governo brasileiro, agravado pela extensão e porosidade das fronteiras terrestres e marítimas do país. Ambos os presidentes concordaram que a luta contra o crime organizado é um desafio compartilhado por todos os países sul-americanos, e que o fortalecimento da integração regional é fundamental para superar esse problema. Eles reconheceram que o combate efetivo ao narcotráfico requer uma coordenação entre países consumidores de drogas.
Lula também mencionou que o Brasil ocupa atualmente a Secretaria Geral da Ameripol, uma organização regional que reúne trinta países e se dedica à cooperação e intercâmbio de informações policiais. Ele enfatizou que as atribuições dessa secretaria incluem a coordenação geral de ações relacionadas ao combate ao crime organizado.
Além disso, foi destacado que o Equador enfrenta uma crise de violência, exemplificada pelo assassinato do promotor César Suárez, que investigava uma organização criminosa transnacional na província de Guayas. Também em agosto, o país testemunhou o assassinato do então candidato à presidência Fernando Cillavicencio e a invasão armada de uma emissora de TV. Nos presídios equatorianos, mais de 200 funcionários e agentes foram feitos reféns durante uma fuga em massa de detentos.
Essa situação foi o ponto de partida para a oferta de ajuda por parte de Lula, que demonstrou o interesse do Brasil em colaborar com o Equador para enfrentar a criminalidade. A cooperação entre os dois países é vista como uma maneira eficaz de combater o crime organizado e promover a segurança na região. Espera-se que essa parceria traga benefícios significativos para ambas as nações, contribuindo para a estabilidade e a paz no continente sul-americano.