Combate à Fome: A Escolha Política dos Governantes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do combate à fome como uma escolha política dos governantes, durante um evento no Rio de Janeiro. Ele enfatizou que a fome não é resultado apenas de fatores externos, mas sim de escolhas políticas. Lula destacou que o mundo produz alimentos em quantidade suficiente para erradicar a fome, porém, o acesso a esses alimentos é essencial.
Em um cenário em que os gastos com armamentos aumentaram significativamente, o presidente enfatizou a necessidade de inverter essa lógica, destacando que o combate à fome não é apenas uma questão de justiça social, mas também fundamental para o desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, foi lançada a força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que busca obter apoio político, recursos financeiros e conhecimento técnico para implementar políticas eficazes de erradicação da fome e da pobreza em todo o mundo.
Entre as iniciativas bem-sucedidas destacadas por Lula estão programas nacionais voltados para os mais pobres e vulneráveis, como transferência de renda, alimentação escolar, cadastro de famílias vulneráveis, apoio à primeira infância, agricultura familiar, assistência social, protagonismo das mulheres e inclusão socioeconômica e produtiva. Essas iniciativas visam promover a cidadania e garantir oportunidades para aqueles que mais necessitam.
A aliança proposta pelo Brasil no G20 recebeu o apoio dos países membros, com a aprovação dos documentos fundacionais da iniciativa. O objetivo é promover a articulação entre os atores relevantes e compartilhar políticas públicas eficazes para combater a fome e promover o desenvolvimento. A iniciativa será gerida por um secretariado baseado na FAO, em Roma, e em Brasília, e funcionará até 2030, com metade dos custos sendo cobertos pelo Brasil.
Além disso, o Brasil defende a reforma das instituições de governança global, incluindo a taxação dos super-ricos. Lula ressaltou a necessidade de uma governança mais efetiva e justa, onde os países do Sul Global estejam adequadamente representados. A taxação dos super-ricos é uma medida necessária para corrigir as distorções nos sistemas tributários e promover a cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global.
A FAO divulgou seu Mapa da Fome, que revela que uma em cada 11 pessoas no mundo pode ter passado fome em 2023. A situação é especialmente grave na África e na Ásia, mas também persiste em algumas regiões da América Latina. No Brasil, ainda há 2,5 milhões de pessoas em insegurança alimentar severa, o que levou o país a voltar ao Mapa da Fome em 2021.
Diante desse cenário preocupante, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza se propõe a promover ações efetivas para combater a fome e a pobreza em todo o mundo. Com a participação ativa dos países membros e o apoio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento, espera-se alcançar resultados significativos no combate a esses desafios globais.
A iniciativa liderada pelo Brasil no G20 demonstra o compromisso do país em erradicar a fome e promover a segurança alimentar em âmbito global. A presença do Brasil no cenário internacional tem contribuído para fortalecer a cooperação entre os países e promover políticas que visam o bem-estar e a igualdade para todos. A luta contra a fome é uma questão urgente e requer o engajamento de todos os setores da sociedade para alcançar resultados efetivos e duradouros.
