O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, fez duras críticas aos cortes na ajuda humanitária à Palestina anunciados por diversos países. Durante sua viagem à Etiópia, Lula classificou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio”, reforçando que a situação não se trata de uma guerra entre soldados, mas sim de um exército altamente preparado atacando mulheres e crianças indefesas.
Mais de 10 países suspenderam os repasses para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) após denúncias sobre o envolvimento de alguns funcionários da entidade nos ataques realizados pelo grupo palestino Hamas. O presidente brasileiro destacou que, apesar de erros cometidos por alguns funcionários, a suspensão de ajuda humanitária não é a solução, pois a vida das pessoas na Faixa de Gaza depende das contribuições internacionais.
A UNRWA é responsável pela implementação de ações humanitárias na região, incluindo a construção e administração de escolas, abrigos para desalojados, clínicas médicas e distribuição de alimentos. Além disso, é um importante contratante de mão de obra em uma região com alta taxa de desemprego.
O presidente Lula ainda criticou a falta de ação das lideranças mundiais diante da situação na Faixa de Gaza, enfatizando a importância de um comportamento responsável em relação ao ser humano. Ele cobrou que os países ricos não suspendam a ajuda humanitária para um povo que está há tantas décadas tentando construir seu Estado.
Além de garantir um novo aporte de recursos para a UNRWA, o Brasil defenderá na ONU o reconhecimento definitivo do Estado palestino como Estado pleno e soberano. Lula também se posicionou a favor de uma reforma na ONU, incluindo a ampliação das participações no Conselho de Segurança e a extinção do direito de veto de alguns países.
O comportamento de Lula em relação à situação na Palestina reflete o compromisso do Brasil em buscar soluções humanitárias e políticas para crises internacionais. Sua posição destaca a necessidade de uma abordagem mais ativa e solidária por parte das nações em relação aos direitos humanos.
