Ao saber que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) decidiu por sua aposentadoria compulsória, a juíza Ludmila Lins Grilo se manifestou, nesta quinta-feira (25), declarando que se trata de uma decisão “política”.
Em entrevista à revista Oeste, ela afirmou que não sabe se a decisão foi tomada por convicção íntima do presidente do TJ-MG, desembargador José Pereira Filho ou por medo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
– A magistratura está em risco. Já foi ferida de morte. A maioria das associações não entrou no debate público para tratar dessas questões. Parecem estar do lado do STF. Hoje em dia, não temos mais certeza sobre qual decisão foi dada realmente por íntima convicção do juiz e qual foi proferida por medo do CNJ – disse ela.
Em fevereiro deste ano a magistrada foi afastada de suas atividades pelo CNJ após um processo disciplinar contra ela foi proposto pelo corregedor Luís Felipe Salomão, que acusou a juíza de “total desleixo” com o trabalho e “imenso desprestígio” com a magistratura.
A juíza foi afastada do cargo pelo CNJ após criticar o STF
Ludmila passou a sofrer sanções por usar as redes sociais para criticar o inquérito do Supremo Tribunal Federal que apura supostas fake news e falar contra o ministro Alexandre de Moraes. Ela também foi criticada por uma palestra no Itamaraty em 2019.
Ludmila Lins Grilo Foto: Reprodução/Instagram
Ludmila Grilo se manifesta após aposentadoria compulsória
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