O Núcleo de Gerenciamento da Agricultura Familiar (NAGRIF) do município de Itapemirim, realizou na última terça-feira (19), uma visita técnica na casa de farinha modelo, que fica na localidade de Boa Vista do Sul, no município de Marataízes.
Eles lavaram seis produtores de farinha e tapioca do município, que estão buscando se adequarem às normas legais para produzirem os produtos com mais qualidade, respeitando as exigências da vigilância sanitária municipal, com o objetivo de receberem os Alvarás Sanitários, que serão obrigatórios para a comercialização dos produtos na feira municipal.
Os produtores puderam observar como foi construída a casa de farinha, respeitando um padrão mais higiênico, com paredes e chão azulejados tornando o ambiente mais atraente para compradores deste produto tão importante na mesa do brasileiro. Eles foram acompanhados pelo técnico agrícola Lucas Gomes Wandermurem, que ratifica a necessidade de mudanças nas instalações das casas de farinha do município, para que estes recebam alvarás sanitários, ficando aptos a comercializarem seus produtos.
Os pequenos e microempresários deste setor vão poder contar com o Núcleo de Gerenciamento da Agricultura Familiar de Itapemirim, que é presidida por Luciana Peçanha, que não tem medido esforços para que haja a construção de um planejamento estratégico.
“A implantação de uma fábrica de farinha e tapioca nos moldes corretos, tem se mostrado no mercado uma excelente oportunidade de negócio com potencial crescente para render grandes lucros financeiros, e nós do NAGRIF temos buscado ser facilitadores para que essa adequação das casas de farinha e tapioca dê o resultado esperado”, completa Luciana.
Conheça como são produzidos estes dois produtos
Depois de triturada, a mandioca pode se transformar em dois subprodutos: a farinha ou a goma. Para cada tonelada de mandioca, a produção é de 200 quilos de farinha e 50 quilos de goma. A mandioca passa por outro beneficiamento para extrair uma goma, conhecida também como tapioca. O processo começa com a raiz descascada, depois a mandioca é triturada e vira uma massa. Ela é misturada com água, peneirada e em seguida descansa por cerca de quatro horas.
A farinha é massa de mandioca, triturada, lavada, prensada e seca em fornos e a goma é o amido da massa, também chamado de fécula. Ela é extraída por um processo de decantação. Pode ser consumida fresca ou seca. A farinha e goma fazem parte do cardápio brasileiro que não dispensa uma boa farofa no almoço ou uma tapioca de manhã.