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18 de julho de 2025
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IPP de abril de 2025 recua 0,36% na indústria, terceira queda mensal seguida

Preços da Indústria Recuam pelo Terceiro Mês Consecutivo em Abril de 2025, Aponta IBGE

Em abril de 2025, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) da indústria brasileira registrou variação de -0,36% em relação a março de 2025, marcando o terceiro mês seguido de queda nos preços da indústria. O dado, divulgado pelo IBGE, indica que, entre as 24 atividades industriais pesquisadas, 8 apresentaram diminuição nos preços médios no período. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, abril de 2024, quando o IPP havia registrado alta de 0,67%, o índice indica desaceleração.

No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2025, os preços da indústria acumularam redução de 0,93%. Já no acumulado em 12 meses, a variação positiva foi de 7,27%.

O IPP mede os preços dos produtos “na porta de fábrica”, ou seja, desconsiderando impostos e fretes, abrangendo as grandes categorias econômicas da indústria nacional.

Principais Setores e suas Variações

Em abril, as maiores variações mensais entre os setores foram:

  • Indústrias Extrativas: -4,43%
  • Refino de Petróleo e Biocombustíveis: -3,37%
  • Indústria Farmacêutica: +2,87%
  • Perfumaria, Sabões e Produtos de Limpeza: +1,26%

O setor de Refino de Petróleo e Biocombustíveis teve a maior influência negativa na variação agregada da indústria, contribuindo com -0,35 ponto percentual para a retração de -0,36% do IPP geral. As indústrias extrativas influenciaram com -0,20 ponto percentual, enquanto alimentos e outros produtos químicos exerceram influência positiva de 0,18 p.p. e negativa de -0,09 p.p., respectivamente.

Acumulado no Ano e em 12 Meses por Setores

No acumulado do ano, os setores com maior recuo foram:

  • Indústrias Extrativas: -12,33%
  • Metalurgia: -5,45%
  • Madeira: -3,86%
  • Papel e Celulose: -3,86%

Quanto ao acumulado em 12 meses, os setores com maiores altas de preços foram:

  • Metalurgia: +15,52%
  • Alimentos: +13,19%
  • Impressão: +12,39%
  • Outros Produtos Químicos: +11,94%

No que se refere à influência no acumulado em 12 meses, o setor de alimentos foi o principal responsável, com 3,17 pontos percentuais, seguido por metalurgia (0,95 p.p.), outros produtos químicos (0,94 p.p.) e indústrias extrativas, que apresentou influência negativa de -0,47 p.p.

Análise por Grandes Categorias Econômicas

As variações de preços em abril de 2025, frente a março, segundo as Grandes Categorias Econômicas, foram:

  • Bens de Capital: +0,01%
  • Bens Intermediários: -1,23%
  • Bens de Consumo: +0,83%

No segmento de bens de consumo, houve variações de 0,21% em bens de consumo duráveis e 0,95% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No cálculo do índice geral, bens intermediários, que detêm peso de 54,47%, exerceram a principal influência negativa, com -0,68 ponto percentual na variação total do IPP industrial em abril.

No acumulado do ano até abril, as variações foram:

  • Bens de Capital: +0,04%
  • Bens Intermediários: -2,30%
  • Bens de Consumo: +0,91%
    • Duráveis: +1,47%
    • Semiduráveis e Não Duráveis: +0,81%

A influência dos bens intermediários nesse resultado acumulado foi de -1,27 ponto percentual; dos bens de consumo, 0,34 ponto percentual; e os bens de capital não influenciaram a variação global acumulada, mantendo-se em 0,00 ponto percentual.

No acumulado em 12 meses encerrado em abril, as variações foram:

  • Bens de Capital: +6,04%
  • Bens Intermediários: +5,43%
  • Bens de Consumo: +10,31%
    • Duráveis: +4,05%
    • Semiduráveis e Não Duráveis: +11,58%

Com 37,89% de peso no índice geral, os bens de consumo responderam por 3,80 pontos percentuais dos 7,27% registrados no acumulado em 12 meses.

Setores em Detalhe

Indústrias Extrativas: O setor apresentou queda de preços pela quinta vez consecutiva, com variação de -4,43% em abril. O acumulado do ano reflete redução de 12,33%, enquanto em 12 meses os preços recuaram 9,42%, a queda mais intensa desde julho de 2023. Entre os produtos, os minérios de ferro e os óleos brutos de petróleo tiveram queda de preços, enquanto minérios de cobre e seus concentrados registraram alta, influenciado pela demanda e fechamento de minas no exterior.

Alimentos: Em abril, a variação foi positiva pela primeira vez no ano, de 0,72% em relação a março. O acumulado do ano aponta queda de 2,27%, enquanto em 12 meses o setor teve alta de 13,19%. Produtos como carnes bovinas refletem aumento de preços devido à desvalorização cambial e menor oferta para abate. O arroz semibranqueado apresentou recuo, condizente com o período de safra.

Refino de Petróleo e Biocombustíveis: Houve nova queda de preços, de 3,37%, a maior desde janeiro de 2024 (-4,77%). O acumulado do ano entrou em terreno negativo (-0,20%), enquanto o acumulado em 12 meses registrou alta moderada de 3,63%, a menor do ano. O óleo diesel, com maior peso no setor, foi o principal responsável pela queda mensal.

Outros Produtos Químicos: Este setor registrou recuo de 1,08% em abril e acumulou alta de 11,94% em 12 meses, sendo destaque entre os setores com maior aumento. Grupos de defensivos agrícolas e fabricação de resinas tiveram queda de preços, enquanto produtos químicos inorgânicos apresentaram alta contínua. Produtos como adubos e herbicidas tiveram comportamento misto nas variações mensais.

Metalurgia: Em abril, houve redução de preços de 1,00%, acumulando retração de 5,45% no ano, resultado expressivo entre os setores. Apesar disso, em 12 meses, os preços ainda estão 15,52% acima dos de abril de 2024. Metais não ferrosos, com cotações atreladas ao mercado internacional, tiveram influência significativa nos resultados.


Fontes: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. Índice de Preços ao Produtor – Indústrias Extrativas e de Transformação, Abril de 2025.

Índice de Preços ao Produtor (IPP) é de -0,36% em abril

Portal IBGE

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