Uma das obras mais aguardadas de Cachoeiro de Itapemirim, que é a Macrodrenagem da Linha Vermelha, já tem data para começar. Os trabalhos terão início no mês de janeiro a partir da avenida Beira Rio, na altura do bairro Guandu. A obra continuará subindo pela Linha Vermelha até o bairro Nova Brasília.
É o maior investimento da história do município, no total de R$ 91 milhões, sendo que nesta primeira etapa, que vai da Beira Rio até a Rua Etelvina Vivácqua, bairro Nova Brasília, o valor investido será de R$ 55,2 milhões. A ordem de serviço foi assinada no dia 20 de setembro.
Os recursos para essa primeira etapa, segundo o prefeito Victor Coelho, já foram disponibilizados pelo governo do estado e a prefeitura licitou e contratou a empresa que fará o serviço, a Cinco Estrelas Construtora e Incorporadora Eirelli.
Na manhã desta sexta-feira (16), a prefeitura reuniu a equipe que estará cuidando da obra e a empreiteira para uma coletiva de imprensa na escola Zilma Coelho, bairro Ferroviários, com o objetivo de detalhar como será executado o serviço, que irá impactar o trânsito e o comércio.
“A gente pede a compreensão da população, pois sabemos que haverá transtornos, mas é uma obra que precisa ser feita para acabar de vez com os alagamentos na Rua Etelvina Vivácqua e região. Se Deus quiser vamos resolver de vez o problema”, ressaltou Victor Coelho.
Pavimentação com concreto
Secretário Delandi Macedo. Foto: Márcia Leal/PMCI
O secretário de Obras, Delandi Macedo, destacou que além dos moradores de Nova Brasília e redondezas, a obra também irá beneficiar a região do bairro Guandu, que sofre com alagamentos no período de chuva.
Delandi destacou que a rede de drenagem que já existe na região não será afetada. A nova obra será feita sem interferir na estrutura antiga.
Ele ressaltou que os serviços começam a partir da avenida Beira Rio e seguem para a esplanada da antiga estação ferroviária e depois continuam pela Linha Vermelha até o entroncamento do bairro Nova Brasília com o Zumbi.
O secretário de Obras destacou que após a instalação da rede de drenagem as vias serão novamente pavimentadas, no entanto, será usado concreto ao invés de asfalto. “Vai dar mais qualidade e durabilidade à obra”, afirmou.
Meta é não paralisar serviços importantes
Secretário Alex da Vitória. Foto: Márcia Leal/PMCI
O secretário de Urbanismo, Mobilidade e Cidade Inteligente, Alexandro da Vitória, acrescentou que a equipe da prefeitura tem se desdobrado para que as obras não afetem tanto a mobilidade urbana.
Três equipes de trabalho estarão atuando logo no início, uma na avenida Beira Rio e duas na Linha Vermelha. Para não dar um nó no trânsito, vias importantes como a Linha Vermelha e a Etelvina Vivácqua não terão obras de forma simultânea.
Outra preocupação da prefeitura é não paralisar serviços importantes, o que envolveu muito planejamento com concessionárias como a BRK, a EDP, empresas de telefonia, fibra ótica e de gás encanado, além da Agersa.
Ao todo, pelo menos 40 pontos de ônibus serão diretamente afetados com as intervenções.
Haverá necessidade de interditar totalmente algumas vias, como por exemplo, a Professor Quintiliano.
Outras vias, como a Beira Rio, ficarão em meia pista. Mas em todas será liberada a passagem de pedestres, garantiu da Vitória.
NÚMEROS DA PRIMEIRA ETAPA
⇒ Valor: R$ 55.296.166,54
⇒ Prazo: 365 dias
⇒ Pontos de ônibus afetados: 40
⇒ Extensão da obra: 3.690 metros
Fim de um transtorno de décadas
Foto de Arquivo
Toda vez que chove forte na cidade, os moradores e comerciantes do bairro Nova Brasília e de algumas vias ao longo da Linha Vermelha já começam a ficar preocupados. É que a região alaga com muita facilidade e a água invade residências e comércio.
O problema é mais complicado na Rua Etelvina Vivácqua. A drenagem não suporta o volume de água e, dependendo do volume da chuva, em poucos minutos a via se transforma num verdadeiro rio.
O líder comunitário do bairro Nova Brasília, Jorge Gomes Martins, disse que acompanha os problemas da enchente desde 1979, quando foi morar no bairro. “Vai aliviar a gente, pois já tivemos prejuízos durante muitos anos”, destacou.
Segundo o secretário de Urbanismo, Mobilidade e Cidade Inteligente, Alexandro da Vitória, o problema é que a região capta a água de 10 subbacias e seis bacias, o que representa um volume de água muito grande quando chove.
Início da obra adiada para não prejudicar o comércio no Natal
Prefeito Victor Coelho. Foto: Márcia Leal/PMCI
O prefeito Victor Coelho informou que a previsão inicial era começar as obras no final de novembro, mas a pedido dos comerciantes, que temiam perda nas vendas no período natalino, adiou os trabalhos para janeiro.
“É uma obra complexa e iria gerar muito transtorno no trânsito e no comércio numa época muito importante”, explicou o prefeito.
Ele também destacou que além disso, ao transferir o início das obras para janeiro vai aproveitar o período de férias escolares, em que o trânsito normalmente está mais calmo, para impactar menos no trânsito.
Segundo o prefeito, apesar da obra ter prazo de até 365 dias para ser concluída, a empresa responsável pelo serviço trabalha com a possibilidade de antecipar o prazo para nove a 10 meses.
Na área central, a expectativa é que os serviços sejam concluídos até março. Em seguida, as obras vão continuar subindo a Linha Vermelha.
Fonte: BRK Ambiental | Dia a Dia ES