Indústria nacional apresenta crescimento de 1,2% em março de 2025, aponta IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial no Brasil cresceu 1,2% em março de 2025, considerando a série com ajuste sazonal. Neste período, 10 dos 15 locais pesquisados apresentaram variações positivas.
O estado do Amazonas registrou a expansão mais intensa, com alta de 5,6%. Espírito Santo e Pará seguiram com crescimento de 4,6%, e o Rio de Janeiro apresentou aumento de 4,5%. O Amazonas interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, que acumulou redução de 3,5%. Espírito Santo e Pará intensificaram as expansões observadas no mês anterior (1,3% e 1,7%, respectivamente). O Rio de Janeiro acumulou ganho de 7,3% em três meses consecutivos com taxas positivas. Também tiveram variações superiores à média nacional os estados do Ceará (3,4%), São Paulo (2,1%) e Bahia (1,6%). Minas Gerais (0,9%), Paraná (0,8%) e Mato Grosso (0,7%) completaram os locais com crescimento.
Em contrapartida, Pernambuco apresentou a maior queda, de 5,0%, seguida pela Região Nordeste, com recuo de 4,1%. Goiás registrou queda de 2,1% e Rio Grande do Sul de 1,2%, eliminando os avanços registrados no mês anterior.
A média móvel trimestral da indústria apontou variação positiva de 0,4% no trimestre encerrado em março, interrompendo uma trajetória predominantemente descendente iniciada em novembro de 2024. Dez dos 15 locais pesquisados sinalizaram taxas positivas, com destaque para os avanços do Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,4%), Espírito Santo (1,2%), São Paulo (1,1%) e Paraná (0,9%). Pernambuco (-10,7%) e a Região Nordeste (-2,6%) apresentaram os maiores recuos.
No confronto com março de 2024, a indústria nacional cresceu 3,1%, com 11 dos 18 locais pesquisados registrando resultados positivos. O Paraná destacou-se com avanço de 15,1%, seguido por Santa Catarina (9,3%), Pará (9,1%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Bahia (3,9%) e Rio de Janeiro (3,2%). Outros estados com resultados positivos incluem Espírito Santo (2,6%), Minas Gerais (1,8%), São Paulo (1,8%), Amazonas (1,6%) e Mato Grosso (0,8%). Março de 2025 contou com 19 dias úteis, um a menos em relação ao mesmo mês do ano anterior, que teve 20 dias úteis.
Em setores específicos do Paraná, o crescimento foi impulsionado principalmente por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (incluindo óleo diesel, gasolina automotiva e querosenes de aviação), produtos químicos (como ureia e herbicidas para uso agrícola), produtos alimentícios (como carnes congeladas e preparações de carnes e aves), máquinas e equipamentos elétricos, veículos automotores e máquinas agrícolas.
Pernambuco (-22,6%), Rio Grande do Norte (-19,1%) e Maranhão (-10,5%) registraram os maiores recuos em março de 2025, com quedas em atividades como coque, produtos derivados do petróleo, biocombustíveis, indústrias extrativas e metalurgia. A Região Nordeste (-4,8%), Rio Grande do Sul (-2,5%), Ceará (-2,0%) e Goiás (-1,5%) também apresentaram variações negativas.
No acumulado do ano de 2025, o setor industrial expandiu 1,9%, com oito dos 18 locais apresentando crescimento. Santa Catarina liderou a expansão no primeiro trimestre, com alta de 8,5%, impulsionada por máquinas e equipamentos, produtos alimentícios, materiais elétricos, produtos de metal e veículos automotores. O Paraná destacou-se com alta de 7,1%, motivada pelos setores de petróleo, produtos químicos, produtos alimentícios, veículos e máquinas agrícolas.
Outros estados com crescimento positivo no acumulado foram Pará (5,1%), Bahia (2,4%), São Paulo (1,1%), Rio Grande do Sul (0,8%), Mato Grosso (0,4%) e Minas Gerais (0,3%). Pernambuco (-20,8%) e Rio Grande do Norte (-19,7%) tiveram os recuos mais acentuados no período janeiro-março, seguidos por Maranhão (-8,7%), Espírito Santo (-6,1%), Região Nordeste (-4,2%), Amazonas (-3,3%), Mato Grosso do Sul (-1,6%), Ceará (-0,7%), Rio de Janeiro (-0,5%) e Goiás (-0,4%).
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses até março de 2025, a indústria cresceu 3,1%, acelerando o ritmo em relação a fevereiro (2,6%) e janeiro (2,9%). Quatorze dos 18 locais pesquisados apresentaram taxas positivas, mas somente nove demonstraram maior dinamismo comparado ao mês anterior. Entre os que mais aumentaram o ritmo de crescimento destacam-se Paraná (de 4,1% para 6,5%), Amazonas (de 0,3% para 1,5%), Santa Catarina (de 7,7% para 8,7%), Mato Grosso do Sul (de 1,9% para 2,8%) e Bahia (de 1,8% para 2,5%). Já Rio Grande do Norte (de -1,1% para -4,0%), Pernambuco (de 0,7% para -0,5%) e Maranhão (de 1,0% para 0,4%) registraram as principais perdas nesse intervalo.
Atualização dos métodos de ajustamento sazonal pelo IBGE
O IBGE informou que realizará a atualização dos parâmetros utilizados nos métodos de ajustamento sazonal para as pesquisas conjunturais: Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Brasil e Regional, Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Esta atualização, realizada regularmente e última efetuada em abril de 2022, visa incorporar dados recentes a esses modelos estatísticos.
Os procedimentos aplicados são destinados a eliminar os efeitos sazonais e de calendário das séries temporais, sem alterar os dados originais das pesquisas.
As notas técnica e metodológica completas de cada pesquisa estão disponíveis no site oficial do IBGE. Mais informações sobre ajuste sazonal de séries temporais também podem ser consultadas na plataforma do Instituto.
Os resultados da atualização serão divulgados nas seguintes datas e horários:
- Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Brasil: 7 de maio, às 9h
- Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional: 14 de maio, às 9h
- Pesquisa Mensal de Comércio (PMC): 15 de maio, às 9h
- Pesquisa Mensal de Serviços (PMS): 14 de maio, às 9h
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
Em março, indústria avança em dez dos 15 locais pesquisados
