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NotíciasGeralÍndice de Preços ao Produtor (IPP) sobe 1,86% em agosto

Índice de Preços ao Produtor (IPP) sobe 1,86% em agosto

Em agosto de 2021, os preços da indústria subiram 1,86% frente a julho de 2021, percentual idêntico ao de julho de 2021 ante o mês anterior. Pela segunda vez na série histórica do IPP, iniciada em 2010, os preços das 24 atividades tiveram variações positivas, sendo que em julho de 2021 foram 20. A alta acumulada no ano atingiu 23,55% e a acumulada em 12 meses chegou a 33,08%.

PeríodoTaxa
Agosto de 20211,86%
Julho de 20211,86%
Agosto de 20203,31%
Acumulado no ano23,55%
Acumulado em 12 meses33,08%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

As quatro maiores variações se deram entre os produtos das atividades industriais de fumo (3,14%), de minerais não-metálicos (2,98%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,89%) e de outros produtos químicos (2,82%). Já em termos de influência, sobressaíram-se alimentos (0,51 pontos percentuais), outros produtos químicos (0,25 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,19 p.p.) e metalurgia (0,19 p.p.).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções  – Últimos três meses
AtividadesMês/mês anteriorMês/mesmo mês do ano anteriorAcumulado no ano
(M/M-1)(M/M-12)
Variação (%)Variação (%)Variação (%)
JUNJULAGOJUNJULAGOJUNJULAGO
Indústria Geral1,291,861,8636,7834,9733,0819,0821,2923,55
B – Indústrias Extrativas8,713,611,16115,5595,1282,0360.7666,5668,49
C – Indústrias de Transformação0,741,721,9132,8831,6530,2416,6618,6620,93
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria 

O acumulado no ano até agosto atingiu 23,55%, contra 21,29% em julho/2021. Entre as atividades que tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador estão: indústrias extrativas (68,49%), refino de petróleo e produtos de álcool (47,03%), metalurgia (40,59%) e outros produtos químicos (37,34%). Os setores de maior influência foram refino de petróleo e produtos de álcool (3,96 p.p.), indústrias extrativas (3,77 p.p.), alimentos (3,20 p.p.) e outros produtos químicos (2,99 p.p.).

Na comparação com agosto de 2020, a variação foi de 33,08%, contra 34,97% em julho/2021. As quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (82,03%), metalurgia (56,98%), refino de petróleo e produtos de álcool (56,84%) e outros produtos químicos (50,49%). E os setores de maior influência foram os de alimentos (6,37 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (4,84 p.p.), indústrias extrativas (4,50 p.p.) e outros produtos químicos (3,98 p.p.).

A variação de preços de 1,86% em relação a julho repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 1,97% em bens de capital; 1,77% em bens intermediários; e 1,99% em bens de consumo, sendo que 1,25% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,13% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das Grandes Categorias Econômicas sobre o IPP foi: 0,13 p.p. de bens de capital, 1,04 p.p. de bens intermediários e 0,68 p.p. de bens de consumo, em que 0,07 p.p. são atribuídos às variações nos duráveis e 0,61 p.p. nos semiduráveis e não duráveis.

No acumulado no ano, as variações de preços da indústria atingiram 23,55%, sendo 14,09% a variação de bens de capital (com influência de 1,03 p.p.), 30,44% de bens intermediários (16,95 p.p.) e 15,04% de bens de consumo (5,57 p.p.), sendo que este último teve influência de 0,73 p.p. dos produtos duráveis e 4,84 p.p. dos semiduráveis e não duráveis.

Na comparação com agosto de 2020, cuja variação foi de 33,08%, contra 34,97% em julho/2021,  os bens de capital subiram 17,76% (com influência de 1,35 p.p.); bens intermediários, 42,79% (23,45 p.p.); e bens de consumo, 22,02% (8,28 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 1,06 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 7,22 p.p.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e
Grandes Categorias Econômicas  – Últimos três meses
Indústria Geral e SeçõesVariações (%)
M/M-1Acumulado AnoM/M-12
JUN/21JUL/21AGO/21JUN/21JUL/21AGO/21JUN/21JUL/21AGO/21
Indústria Geral1,291,861,8619,0821,2923,5536,7834,9733,08
Bens de Capital (BK)0,812,291,979,3711,8814,0916,1417,2317,76
Bens Intermediários (BI)1,491,781,7725,9228,1730,4449,3545,9542,79
Bens de consumo(BC)1,051,901,9910,7012,8015,0423,2822,8122,02
Bens de consumo duráveis (BCD)1,921,381,258,9210,4211,8115,6116,0516,67
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND)0,882,002,1311,0513,2715,6924,9024,2223,11
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria        

A seguir os principais destaques:

Indústrias extrativas: em relação a julho, os preços do setor variaram, em média, 1,16%, terceira taxa positiva consecutiva e a menor delas (8,71% em junho e 3,61% em julho). Com isso, o acumulado no ano acelerou de 66,56%, em julho, para 68,49%. Por fim, em 12 meses, a taxa é de 82,03%, a segunda menor do ano (janeiro, com 54,74%, foi a menor).

O setor teve a maior variação entre todas as atividades industriais, tanto no acumulado no ano quanto frente a agosto de 2020. Além disso foi a segunda maior influência no acumulado no ano (3,77 p.p., em 23,55%) e a terceira no acumulado em 12 meses (4,50 p.p., em 33,08%).

Embora os dois principais produtos do setor, que são “óleo bruto de petróleo” e “minérios de ferro e concentrados (exceto pelotizados ou sinterizados)”, influenciem positivamente os indicadores de mais longo prazo, no caso da comparação agosto/julho, o impacto de “óleo bruto de petróleo” é negativo, em linha com os preços internacionais da commodity.

Alimentos: os preços do setor variaram, em agosto frente a julho, 2,19%. É a sétima taxa positiva observada ao longo do ano (a única negativa foi a de junho, -0,14%) e a segunda maior de 2021 (perde para 2,66%, de abril). Com isso, o acumulado no ano acelerou de 10,06%, em julho, para 12,47%. Como ocorre desde junho, o resultado dos últimos 12 meses é menor do que o observado no mês anterior (junho 2021/junho 2020, 30,96%; julho 2021/julho 2020, 28,19%; e agosto 2021/agosto 2020, 25,72%).

O setor exerceu a principal influência tanto na comparação com o mês anterior (0,51 p.p., em 1,86%) quanto na comparação com igual mês de 2020 (6,37 p.p., em 33,08%). Além disso, foi o terceiro maior impacto no acumulado no ano (3,20 p.p., em 23,55%).

Os grupos cujos preços variaram acima da média do setor, nos três indicadores, foram: “abate e fabricação de produtos de carne” (2,72%, no M/M-1; 14,05%, no acumulado no ano; e 31,42%, no M/M-12), “fabricação e refino de açúcar” (3,64%; 19,07%; e 26,13%) e “torrefação e moagem de café” (6,54%; 25,74%; e 33,39%). “Fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais” também se destacou na comparação de 12 meses (34,48%).

Refino de petróleo e produtos de álcool: alta pelo quarto mês consecutivo na comparação com o mês anterior. Em agosto, subiu 1,91%, uma taxa menor que a de julho (3,27%), mas superior às outras duas. Com isso, o acumulado no ano saiu de 44,27%, em julho, para 47,03%, sendo o maior agosto da série. Nos últimos 12 meses, a variação foi de 56,84%, a menor desde março (52,67%). Vale observar que, de dezembro de 2018 (base da série atual) a agosto de 2020, os preços do setor haviam variado em 6,57%, resultado bem abaixo do que ocorreu nos últimos 12 meses (56,84%).

O setor teve a segunda maior variação no acumulado no ano e a terceira na comparação com agosto de 2020. Além disso, foi a segunda principal influência na comparação anual (4,84 p.p., em 33,08%) e a terceira na mensal (0,19 p.p., em 1,86%).

Outros produtos químicos: a indústria química, no mês de agosto, apresentou uma variação de preços de 2,82%, a maior taxa positiva desde abril (4,73%), acumulando variação de 37,34% no ano e de 50,49% nos últimos 12 meses.

O setor de outros produtos químicos teve a quarta maior variação de preços no mês, no acumulado do ano e no acumulado em 12 meses, além de em termos de influência ser a segunda maior no mês (0,25 p.p. em 1,86%) e a quarta tanto no acumulado do ano (2,99 p.p. em 23,55%) quanto no acumulado em 12 meses (3,98 p.p. em 33,08%).

Os resultados estão ligados principalmente aos preços internacionais e à variação de preços de diversas matérias-primas importadas ou não, como a nafta. O maior responsável pelo aumento está no grupo “fabricação de produtos químicos inorgânicos”, mais especificamente nos fertilizantes. A variação de preços, neste grupo, foi de 6,93% no mês, acumulando 65,98% no ano e 73,63% nos últimos 12 meses. Ambos os acumulados são os maiores em toda a série.

Já o grupo de “fabricação de resinas e elastômeros” apresentou pelo quarto mês seguido uma variação negativa de preços, agora chegando a -1,02%, mas, assim mesmo, com variação de 31,12% no ano e de 69,61% nos últimos 12 meses. E, no grupo “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, o resultado seguiu o sinal da atividade, com 0,66% no mês, acumulado de 10,68% no ano e 10,79% em 12 meses.

Houve aumento de preços em apenas dois dos quatro produtos que mais influenciaram o resultado (1,68 p.p. em 2,82%), ambos do grupo de produtos químicos inorgânicos, “adubos ou fertilizantes à base de NPK” e “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”. Os outros dois produtos em destaque tiveram variações negativas: “benzeno” e “policloreto de vinila (PVC)”. Os demais 35 produtos pesquisados na atividade, também tiveram, na média, um resultado positivo, com 1,14 p.p. da variação final da atividade.

Metalurgia: alta de 2,58% em agosto frente ao mês de julho, a 14ª taxa positiva seguida na atividade. Com este resultado, o setor de metalurgia acumulou uma variação de 40,59% no ano e de 56,98%, nos últimos 12 meses. Entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e agosto de 2021, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 85,73%, perdendo apenas para a variação de preços das indústrias extrativas, 178,96%, atividade na qual aparece minério de ferro, principal matéria-prima do aço.

O setor metalúrgico, entre as 24 atividades da pesquisa, teve a terceira maior variação no acumulado no ano e a segunda nos 12 meses, além da quarta maior influência no resultado do mês (0,19 p.p. em 1,86%).

Considerando os grupos econômicos da atividade, o siderúrgico apresentou uma variação de 2,52%, acumulando 57,09% no ano e 87,41% em 12 meses. Os dois últimos valores estão acima da média da atividade.

Os quatro produtos que mais influenciaram os resultados no mês tiveram variações positivas, sendo três comuns também na influência no ano e no acumulado em 12 meses; são eles: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”, “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” e “chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm”. O produto “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras” é destaque no resultado do mês enquanto “bobinas ou chapas de aços galvanizadas, zincadas ou cromadas”, nos resultados dos acumulados no ano e em 12 meses.

Portal IBGE

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