As cinco religiões autorizadas a funcionarem na China enfrentam novas orientações impostas pela Lei de Educação Patriótica. A legislação, em vigor desde 1º de janeiro, tem como objetivo reorganizar os esforços de propaganda interna do Partido Comunista Chinês (PCC) e tornar as comunidades religiosas porta-vozes do patriotismo e amor ao socialismo.
A implementação da Lei de Educação Patriótica foi discutida durante a 25ª reunião da Conferência Nacional Conjunta de Grupos Religiosos, que ocorreu na Associação Islâmica da China no dia 4 de janeiro. Neste encontro, representantes das religiões destacaram a importância da legislação como a primeira do país sobre o tema do patriotismo.
De acordo com as diretrizes, os fiéis das religiões autorizadas na China devem compreender que o estado é superior à religião, e que a lei estatal prevalece sobre regras religiosas. Além disso, as comunidades religiosas são instadas a aderir aos princípios de patriotismo, amor ao partido e amor ao socialismo, reforçando a importância do Partido Comunista Chinês na formação da China moderna.
A Lei de Educação Patriótica visa herdar e promover o espírito nacional, fortalecer a unidade do povo, impulsionar a construção de uma nação forte e promover o rejuvenescimento nacional. As entidades religiosas devem promover ativamente o patriotismo, compreendendo e divulgando a importância do Partido Comunista Chinês na história e na formação do país.
O novo enfoque sobre a educação patriótica também representa um desafio para as comunidades religiosas, que agora devem conciliar seus ensinamentos religiosos com as diretrizes do PCC. As igrejas cristãs e outras religiões autorizadas na China terão que se adaptar à nova legislação e encontrar maneiras de manter sua identidade religiosa enquanto promovem os princípios de patriotismo e amor ao socialismo.
No entanto, a implementação da Lei de Educação Patriótica também levanta questões sobre a liberdade religiosa na China e a independência das comunidades religiosas em relação ao governo. A legislação representa mais um passo do governo chinês para exercer controle sobre as práticas religiosas no país, reforçando o papel das religiões como ferramentas de propaganda do Partido Comunista Chinês.
Diante dessa nova realidade, as comunidades religiosas na China enfrentam o desafio de encontrar um equilíbrio entre cumprir as diretrizes do governo e preservar sua identidade religiosa. A implementação da Lei de Educação Patriótica representa um novo capítulo na relação entre o Estado e as religiões autorizadas na China, reforçando o controle do governo sobre as práticas religiosas no país. Este é um desenvolvimento significativo que terá impacto nas comunidades religiosas e na liberdade religiosa na China.
Igrejas terão que contribuir com doutrinação comunista na China
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