19.4 C
Marataizes
sábado, julho 12, 2025
12 de julho de 2025
NotíciasEconomiaHaddad discute judicialização da derrubada do decreto do IOF

Haddad discute judicialização da derrubada do decreto do IOF

Ministro da Fazenda Comenta sobre Judicialização do Decreto de IOF e Relação com o Congresso

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou sobre os impactos da judicialização da derrubada do decreto que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em entrevista a jornalistas em Buenos Aires, ele destacou que sua relação com o Congresso Nacional sempre foi pautada pelo diálogo e pelo apoio mútuo na condução da agenda econômica. “Não posso reclamar do Congresso. Nunca fiz isso”, afirmou Haddad, lembrando que, nos últimos dois anos e meio, tem recebido apoio para implementar as diretrizes econômicas do governo.

O decreto em questão, publicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio, tinha como objetivo aumentar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. Contudo, sua derrubada ocorreu após um processo legislativo que gerou descontentamento entre os parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu pautar a discussão, alegando que a maioria na Casa não concordava com o aumento das alíquotas do IOF como solução para as questões fiscais, defendendo, em vez disso, o corte de despesas primárias.

Haddad reforçou que o Congresso tem o direito de modificar as proposições do Executivo, reconhecendo que alterações são uma prática comum no processo legislativo. Ele também descartou o uso do termo “traição” ao discutir o relacionamento entre os poderes. A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) visando a reversão da derrubada do decreto, sustentando sua constitucionalidade. O ministro da AGU, Jorge Messias, declarou que o decreto deveria ser considerado válido, fundamentando-se em um estudo técnico-jurídico que solicitou ao órgão.

Além de elevar alíquotas de operações de crédito, seguros e câmbio, o decreto propunha a taxação de lucros das apostas eletrônicas e fintechs e a inclusão das Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, que atualmente são isentas de Imposto de Renda. Embora o governo tenha buscado contornar a situação com a edição de uma medida provisória que alterou tributos para empresas de apostas e reduziu gastos obrigatórios em R$ 4,28 bilhões, a derrubada do decreto pelo Congresso se manteve.

As questões fiscais e a necessidade de equilibrar receitas e despesas continuam sendo um ponto nevrálgico nas discussões entre Ministério da Fazenda e o Legislativo, refletindo a complexidade da governabilidade e das relações institucionais em um cenário econômico desafiador.

Haddad defende judicialização da derruba do decreto do IOF

Fonte: Agencia Brasil.

Economia

Confira Também