Nesta última quarta-feira (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi ‘interrompido’ pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e pelo líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), durante entrevista coletiva.
No momento do embargo, o chefe da economia brasileira comentava sobre a substituição de tributos e medidas a fim de desonerar a folha da União.
Ao deixar a coletiva de imprensa, Guedes ainda disse aos repórteres que estavam no local: “Agora tem articulação política”, apontando para Ramos e Barros.
A situação repercutiu até mesmo entre os apoiadores do governo federal.
Houve quem considerasse uma ação comum e não vislumbrasse maiores problemas.
No entanto, houve quem enxergasse no acontecimento a exposição de um ‘racha’ no Executivo.
VEJA
Olha esse general Ramos e o corrupto do Ricardo Barros calando o Guedes durante a entrevista dele.
No Brasil quem fala a verdade é calado inclusive por generais dentro do governo. Puta que pariu.pic.twitter.com/F3VugLaqfT
— Felipe Dias (@Flifrds) September 24, 2020
Nada… Paulo Guedes já tinha que sair mesmo. https://t.co/x5dt7eLp7T
— Lilo (@LiloVLOG) September 24, 2020
Paulo Guedes visivelmente incomodado com o que Luiz Ramos fez. Desnecessário e desrespeitoso, Ramos ainda pensa que está em um quartel?
— Diego Garcia⚡🇧🇷 (@dimacgarcia) September 24, 2020
A matéria da CNN Brasil que mostra Paulo Guedes saindo e brincando pq tinha outro compromisso é uma tremenda IMBECILIDADE.
Eu vejo o Ramos puxando até o próprio Bolsonaro, DIVERSAS VEZES.
Ninguém ali tava impedindo Guedes de Nada, eles só tinham outro compromisso
— Lobo Ucraniano 🇧🇷🐺🇺🇦 (@WolfConservador) September 24, 2020
Quantos reféns tão nesse governo? pic.twitter.com/pbqAgWmbiP
— Let’s Dex (@Lets_Dex) September 24, 2020
GUEDES FALA
Nesta quinta-feira (24), após a repercussão, o ministro da Economia comentou o caso.
Segundo ele, a interrupção foi interpretada pela imprensa de forma equivocada.
Em declaração ao O Antagonista, Guedes afirmou: “Ramos e Barros são meus amigos. Estavam me protegendo das perguntas de vocês”.
O ministro ainda ressaltou que a ordem no Executivo é não antecipar as medidas econômicas que estão sendo desenvolvidas, sobretudo as que envolvem desindexação do orçamento, pois “seu sucesso depende totalmente da articulação política”.