A greve dos docentes e servidores técnicos das universidades e institutos federais em todo o Brasil, com quase três meses de duração, foi o tema de debate na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Ales) nesta quarta-feira (29). No Espírito Santo, a paralisação já completa 45 dias e tem causado impactos significativos na área da Educação.
Para os participantes do debate, a postura do governo federal em relação aos pleitos da Educação tem sido criticada, com destaque para a falta de prioridade no orçamento para a área. Jacyara Paiva, docente da Ufes e membro do Andes, ressaltou a importância de restituir o orçamento para que a educação seja tratada como prioridade. Atualmente, a Ufes opera com metade dos recursos de 2015, o que afeta diretamente a qualidade do ensino oferecido.
Jeffa Moreira Santana, vice-presidente da Adufes, destacou a luta contra o sucateamento e privatização da educação no país, que já perdura há décadas. A mobilização dos docentes visa garantir uma educação pública e de qualidade, sem precariedade ou privatismo. A greve tem ganhado novas adesões a cada dia, evidenciando a insatisfação com a falta de diálogo por parte do governo federal.
Uma das principais lideranças do movimento de greve na Ufes, a professora Patrícia Freitas, enfatizou a falta de diálogo do Executivo federal e apontou medidas de contingenciamento que prejudicam o orçamento das instituições de ensino. A reivindicação por reajuste salarial e revogações de medidas prejudiciais têm sido pontos centrais da pauta dos grevistas.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Ana Carolina, presidente da Adufes, demonstra otimismo com a mobilização, ressaltando a força e união dos grevistas. A categoria enfrenta desafios como a intimidação por parte dos órgãos federais, mas segue firme na luta por melhores condições na Educação.
A deputada Camila Valadão ressaltou a gravidade do cenário enfrentado pelos grevistas, apontando a necessidade de reconstituir o orçamento da Educação para garantir a existência da educação pública no Brasil.
Após a realização de assembleias e a rejeição das propostas do governo, os comandos nacionais de greve apresentaram contrapropostas ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, buscando reajustes salariais e recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Ensino.
Em resumo, a greve na educação preocupa a comissão de Direitos Humanos da Ales devido à falta de diálogo e investimentos na área. A mobilização dos docentes e servidores técnicos visa garantir uma educação pública, de qualidade e sem precariedade, enfrentando os desafios impostos pelo governo federal.
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Greve na educação preocupa comissão