A greve de docentes e servidores técnicos de universidades e institutos federais em todo o país está em destaque na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Ales). No Espírito Santo, a paralisação já dura 45 dias e tem sido tema de debates com professores, alunos e entidades de classe.
Crise na Educação
Os participantes ressaltaram a força do movimento e criticaram a postura do governo federal em relação às demandas da Educação. A falta de prioridade orçamentária para a educação foi um dos principais pontos levantados. Para Jacyara Paiva, docente da Ufes, a promessa eleitoral de valorizar a educação não tem sido cumprida, refletindo diretamente na qualidade do ensino oferecido.
Histórico de Luta
Jeffa Moreira Santana, vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufes, destacou que a luta contra o sucateamento e a privatização dos serviços de educação é uma batalha antiga no país. A falta de diálogo do Executivo federal com os grevistas tem levado a novas adesões ao movimento, demonstrando a insatisfação da categoria.
Demandas e Desafios
A professora Patrícia Freitas, líder do comando local de greve na Ufes, enfatizou a importância das pautas colocadas em discussão, como a revogação de medidas de contingenciamento e a necessidade de reajustes salariais. Ana Carolina, presidente da Adufes, ressaltou a força da greve até o momento, mesmo diante das tentativas de intimidação por parte das autoridades federais.
Perspectivas e Mobilização
A deputada Camila Valadão pontuou que a greve atual representa uma luta pela existência da educação pública no Brasil, ressaltando a urgência de investimentos e políticas de manutenção estudantil. Após a reunião, professores e alunos reforçaram a importância de avançar no movimento para pressionar o governo a atender às demandas.
Negociações em Curso
Após a realização de assembleias e a rejeição das propostas governamentais, os comandos nacionais de greve apresentaram contrapropostas ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Dentre as reivindicações estão o reajuste salarial e a recomposição orçamentária para as Instituições Federais de Ensino.
Em meio ao cenário de greve prolongada e tensões, a Comissão de Direitos Humanos da Ales demonstra preocupação com a falta de diálogo e investimentos na área educacional. A mobilização dos servidores da educação segue em busca de melhorias e valorização profissional, em meio a um contexto desafiador.
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Greve na educação federal preocupa comissão