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Greve geral de 24 horas é preparada por centrais sindicais da Argentina

Argentina Se Prepara para Greve Geral Contra Políticas de Ajuste Fiscal

A Argentina se mobiliza para uma greve geral que promete paralisar o país contra as políticas de ajuste fiscal implementadas pelo presidente Javier Milei. A convocação, que conta com o apoio das principais centrais sindicais do país, teve início nesta quarta-feira (9), com protestos em frente ao Congresso Nacional. A paralisação de 24 horas está prevista para começar à meia-noite de quinta-feira (horário local).

Entre as principais reivindicações dos manifestantes estão a melhoria nos salários, a defesa dos direitos dos aposentados, o apoio à indústria nacional, a retomada de obras públicas e a proposta de um plano nacional de emprego. Além disso, os trabalhadores exigem o fim da repressão às manifestações sociais pelo governo federal.

Os sindicalistas alegam que as políticas de Milei têm gerado desrespeito às liberdades e direitos da classe trabalhadora, afirmando que o governo favorece a desigualdade e a injustiça social. A falta de diálogo e de tentativas de acordo por parte de Milei tem sido uma das críticas centrais dos organizadores da greve.

A mobilização é liderada pelo conjunto das centrais sindicais: a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA-A) e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina (CTA-T). Esta será a terceira paralisação convocada em conjunto pelas três entidades.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje em Buenos Aires, o secretário-geral da CTA Autônoma, Hugo “Cachorro” Godoy, enfatizou a importância da greve: “Vamos acompanhar massivamente essa mobilização como um prelúdio da greve geral de amanhã, onde vamos expressar a vontade e decisão da classe trabalhadora de pôr freio a essa política governamental que leva a riqueza gerada pelos trabalhadores e trabalhadoras, com golpes liderados pelo próprio presidente Milei…”

Nas redes sociais, Javier Milei se manifestou sobre a greve, compartilhando uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Adolfo Sturzenegger. O ministro chamou a paralisação de "tentativa de extorsão", afirmando que "não nos afeta em absolutamente nada" e que o governo continuará seguindo seus objetivos.

Acordo com o FMI

Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que chegou a um acordo com as autoridades argentinas para um novo empréstimo de US$ 20 bilhões, que será disponibilizado por meio do Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF). No entanto, o desembolso desse valor depende da aprovação do Conselho Executivo do FMI, que deve se reunir nos próximos dias.

Em nota, o FMI destacou que o acordo se baseia no "impressionante progresso inicial das autoridades na estabilização da economia", fazendo referência a uma âncora fiscal forte que tem proporcionado desinflação rápida e recuperação na atividade econômica e nos indicadores sociais. A nota afirma que o programa visa apoiar a próxima fase da agenda nacional de estabilização e reformas da Argentina.

Com esse cenário, a expectativa é de que a greve de amanhã reflita a insatisfação crescente da população com as medidas econômicas do governo e suas implicações sociais.

Centrais sindicais argentinas preparam greve geral de 24 horas

Fonte: Agencia Brasil.

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