A discussão em torno da nova composição na gestão da Petrobras tomou conta do país e deixou, em segundo plano, o debate sobre a inflação dos combustíveis. A afirmação é de William Nozaki, coordenador técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Com isso, diz o especialista, o governo ganha tempo em pleno ano eleitoral.
Segundo William, nenhum dos nomes indicados pela União –acionista majoritário da Petrobras– vai rever a atual política de preços da Petrobras. O especialista pontou o seguinte sobre os principais indicados:
William afirma que a turbulência causada pela indicação do economista Adriano Pires e pelo empresário Rodolfo Landim –que desistiram das vagas por prever que conflitos de interesse os reprovariam no quesito governança– levou a uma “saída improvisada e doméstica” pelo governo.
Coordenador do Ineep diz que debate sobre a inflação dos combustíveis deu lugar à discussão inócua sobre nova gestão
“Toda essa composição [dos nomes agora indicados] mostra um cenário em que provavelmente não vamos ter mudanças em nenhum dos 3 pontos polêmicos da gestão da Petrobras, que são política de preços, de dividendos e de desinvestimentos“, disse o coordenador.
Para William, mesmo com a aprovação do de José Mauro Coelho pelo Conselho, na próxima 4ª feira (13.abr), o assunto que deve tomar conta logo em seguida são as expectativas em relação ao início da gestão, que devem se estender até maio.
Para especialista, discussão sobre gestão está se sobrepondo à da política de preços
Governo ganha tempo com mudança na Petrobras, diz especialista
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