Integração na Rede de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica
Com a participação de mais de 100 representantes, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) realizou a primeira reunião de apresentação do projeto Salas Marias e do fluxo de acionamento da Rede de Apoio para mulheres vítimas de violências doméstica e familiar. O encontro aconteceu nesta terça-feira (30), com o objetivo de explicar todo o processo de atendimento prestado a essas mulheres nas Delegacias de Polícia Civil, e destacar a importância da integração com os demais órgãos de apoio para garantir a continuidade do suporte socioassistencial às vítimas.
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, ressaltou a importância da integração para o atendimento contínuo das vítimas, destacando que as Salas Marias representam um avanço significativo no acolhimento às mulheres vítimas de violência no Espírito Santo. Ele enfatizou que o atendimento não se encerra na delegacia e que a integração de toda a rede de atenção é fundamental para promover um suporte eficaz.
A participação da secretária de Estado das Mulheres, Jacqueline Moraes, também foi fundamental no evento. Ela destacou a importância das Salas Marias em proporcionar um ambiente seguro e humanizado para o atendimento às vítimas, reforçando o compromisso com a dignidade e a segurança das mulheres. A secretária ressaltou a integração da Secretaria Estadual das Mulheres com a iniciativa, por meio do Programa MulherViver+, que faz parte do Estado Presente e abraça todas as políticas públicas voltadas para as mulheres do Espírito Santo.
Atendimento Humanizado nas Salas Marias
As Salas Marias foram implantadas em todas as Delegacias Regionais da Região Metropolitana da Grande Vitória, iniciando o atendimento às mulheres em situação de violência em abril deste ano. O planejamento da Gerência de Proteção à Mulher (GPM) da Sesp prevê a expansão dessas salas, com a implantação em mais 13 delegacias até o final de 2025.
Nas Salas Marias, o acolhimento às mulheres e crianças/adolescentes em situação de violência doméstica e familiar é priorizado. O atendimento policial é realizado por meio da Central de Teleflagrante, promovendo a padronização dos procedimentos. Com a presença de assistentes sociais na Central, as vítimas recebem suporte direto e são encaminhadas para serviços especializados de forma ágil, garantindo a continuidade da assistência.
Em junho deste ano, a Central de Teleflagrante encaminhou 605 procedimentos para a rede de apoio psicossocial, obtendo feedback de 526 casos, o que representa um índice significativo de retorno. Em julho, até o dia 23, 418 procedimentos foram encaminhados, evidenciando a eficácia do encaminhamento na continuidade do atendimento às vítimas.
A delegada Michele Meira, gerente de Proteção à Mulher da Sesp, destacou que o encaminhamento permite não apenas a assistência imediata, mas também a integração com os serviços municipais de assistência, como CRAS e CREAS, e os Núcleos Margaridas da Secretaria Estadual das Mulheres. Essa integração contribui para a elaboração de estratégias de prevenção e enfrentamento às violências, fortalecendo a rede de apoio.
Em conclusão, a reunião de apresentação do projeto Salas Marias e da Rede de Apoio evidencia os avanços na integração da Sesp, da SESM e dos municípios no combate à violência contra a mulher e na proteção das vítimas. A humanização do atendimento e a integração da rede de apoio são essenciais para garantir o suporte necessário às mulheres em situação de violência. A parceria entre os órgãos públicos e a sociedade civil é fundamental para promover uma cultura de respeito e igualdade, e para garantir que as mulheres tenham seus direitos protegidos e respeitados.
Por: [Seu nome]
Fonte: Governo ES
