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NotíciasEspírito SantoGoverno do ES suspende contrato milionário de barreiras sanitárias

Governo do ES suspende contrato milionário de barreiras sanitárias

Governo do ES suspende contrato milionário de barreiras sanitárias
Governo do ES suspende contrato milionário de barreiras sanitárias

O governo do Espírito Santo suspendeu um contrato milionário para fornecimento de tendas e equipamentos para montar barreiras sanitárias contra o novo coronavírus no Estado. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial no sábado (25) e estabelece um prazo de cinco dias para a empresa contratada sem licitação apresentar defesa prévia sobre o preço apresentado.

Conforme A Gazeta noticiou, o contrato com a empresa Play City Eventos LTDA, de Cachoeiro de Itapemirim, previa uma estrutura completa com custo de R$ 74 mil por mês a unidade e valor total, em seis meses, de R$ 4,4 milhões. Só o aluguel de uma tenda saía por R$ 20 mil mensais.

A contratação sem licitação é permitida por lei diante dos estados de emergência e de calamidade em saúde decretados em função da pandemia, mas os valores chamaram a atenção. A Gazeta chegou a cotar preços com outras empresas do ramo e uma tenda do mesmo tipo fica em R$ 9 mil para compra, e não aluguel. A locação sairia por cerca de R$ 950.

O governo do Estado já havia anunciado, na quinta-feira (23), que firmou um novo contrato com valor bem menor, de R$ 8 mil mensais por estrutura. Em nota, a explicação dada foi que “após a nova cotação de preços, o contrato foi firmado no valor de R$ 8 mil mensais, contemplando toda a estrutura necessária para o funcionamento das barreiras – incluindo tendas, fundo de palco, estande, tablado, grades de proteção, mesas de plástico, cadeiras plásticas e iluminação, além do transporte e instalação de todos os equipamentos”.

Esse novo contrato, também sem licitação, foi firmado com a empresa AFR Eventos e Locações (Colorson), de Vila Velha, segundo publicação no Diário Oficial de sexta (24). Serão R$ 8 mil por unidade de barreira sanitária, com fornecimento de todos os equipamentos, num total máximo de 11 barreiras, podendo assim o custo mensal chegar a R$ 88 mil – o que em seis meses daria um valor total R$ 528 mil, 88% a menos que o contrato anterior.

O processo aberto pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) contra a Play City Eventos, que levou à suspensão da execução do contrato, “pode ensejar a penalidade de rescisão contratual e demais consequências”, segundo a portaria que consta no Diário Oficial deste domingo.

O subsecretário de Administração e Financiamento de Atenção à Saúde, Rafael Grossi, que assina a portaria, já havia informado à reportagem de A Gazeta que os preços de mercado caíram após a contratação porque tendas não têm sido muito requisitadas dada a queda na realização de eventos devido à pandemia do novo coronavírus.

A mesma alegação foi dada pelo governo em nota enviada na quinta-feira: “No dia 13/04, o Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos em Geral do Espírito Santo (Sindiprom-ES) enviou correspondência ao governador do Estado informando que, em decorrência do desaquecimento no mercado devido ao adiamento de vários eventos, o Governo do Estado poderia encontrar propostas mais vantajosas. Assim que foi comunicado, o governador determinou ao CCC (Centro de Comando e Controle) que fizesse uma nova cotação de preços”, dizia a nota.

“No dia 17/04 foi aberto um novo processo de contratação, novamente de forma transparente e com toda lisura, que restou concluído nesta data (23/04/2020)”, ressaltou o governo na ocasião. É essa nova contratação que resultou no contrato de R$ 8 mil mensais.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa Play City Eventos neste domingo. Na quinta-feira, A Gazeta conseguiu falar com uma pessoa que foi apresentada como representante da empresa, mas ela não quis informar o próprio nome nem sequer deu mais detalhes sobre como chegou-se ao valor do contrato de R$ 4,4 milhões.

Fonte: agazeta.com.br

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