O atual cenário epidemiológico das arboviroses no Brasil, em especial das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, chikungunya e zika, é um alerta importante para o comportamento desses vírus no território capixaba. O Governo do Espírito Santo instituiu o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de Arboviroses com o objetivo de integrar esforços de diferentes setores e reduzir o número de casos e óbitos. O governador Renato Casagrande anunciou também o repasse de R$ 2 milhões aos municípios capixabas para enfrentamento às arboviroses.
O centro integrará ações conjuntas da Secretaria da Saúde (Sesa), da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo e do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com a possibilidade de articulação de demais órgãos.
O Estado decretou a Situação de Emergência em Saúde Pública em razão do cenário epidemiológico das arboviroses, em resposta ao aumento expressivo de casos. A criação do CICC tem como princípio integrar, coordenar e articular os órgãos para o enfrentamento às arboviroses a fim de definir soluções e nivelar informações e o uso de recursos.
O Espírito Santo vivenciou, em 2023, a maior epidemia de dengue, com 192.136 casos notificados e 98 óbitos. Atualmente, o Estado é o sexto no ranking brasileiro entre as unidades federativas com maior incidência da doença, ficando atrás do Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás.
Dentro do cenário da dengue, há a circulação no País de quatro sorotipos, sendo notificado no território capixaba apenas os sorotipos DENV-1 e DENV-2, mas já com a circulação confirmada do DENV-3 e DENV-4 em estados que fazem fronteiras, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e na Bahia.
Os dados de 2024 no Espírito Santo já apontam mais de 24 mil casos notificados de dengue, mais de 1,3 mil casos notificados de chikungunya e 507 casos notificados de Zika até a semana epidemiológica (SE) 07.
Para enfrentar este quadro preocupante, o CICC planeja integrar ações de combate aos focos do vetor, treinamentos com apoio aos agentes de campo, campanhas educativas e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo Estado. O objetivo é reduzir os impactos que estas doenças já têm trazido ao País, estabilizando os casos notificados e reduzindo óbitos futuros.
Além disso, a preparação do SUS inclui a testagem de RT-PCR para diagnóstico das arboviroses e a importância dessa ferramenta para a vigilância genômica dos vírus. Também há o fortalecimento de campanhas educativas em todo território, com suporte de todos setores que integram o CICC.
Essas medidas são fundamentais para combater a epidemia de arboviroses no Espírito Santo, e a integração de todos os setores é essencial para que seja possível planejar ações e reforçar outras já em vigor para combater as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Fonte: Governo ES
