Governo do Estado Inicia Segunda Etapa de Implantação das Salas Marias nas Delegacias da Polícia Civil
O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), iniciou a segunda etapa da implantação das Salas Marias nas unidades da Polícia Civil do Estado (PCES). Com essa nova fase, estão previstas a criação de mais oito unidades, que visam garantir um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, além de seus filhos. As Salas Marias serão localizadas em Delegacias Regionais situadas no interior do Estado.
Na última segunda-feira (23), um Acordo de Cooperação Técnica foi assinado entre a Sesp, a Organização Não Governamental (ONG) ES em Ação e a Vale, que garantirá os recursos necessários para a reforma desses espaços, bem como para a aquisição de mobiliário e equipamentos. O investimento total previsto para a adequação das oito novas salas é de R$ 280 mil.
A conclusão das novas Salas Marias está programada para dezembro de 2025, com as unidades sendo implementadas nas cidades de Alegre, Itapemirim, Anchieta, Barra de São Francisco, Nova Venécia, Colatina, Linhares e Aracruz. Com esse projeto, o Espírito Santo passará a contar com um total de 13 Salas Marias, uma vez que já existem espaços similares nas Delegacias Regionais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo da Gerência de Proteção à Mulher (GPM) da Sesp, integrada às ações do Governo do Estado para enfrentar a violência contra a mulher. As primeiras Salas Marias foram inauguradas em março de 2024, com o objetivo de oferecer acolhimento e proteção em regime de 24 horas para mulheres que enfrentam situações de violência familiar.
As Salas Marias funcionam como espaços devidamente estruturados, localizados dentro das Delegacias Regionais da Polícia Civil, com foco no atendimento humanizado a mulheres que sofreram violência doméstica. A preservação da integridade física e psicológica dessas vítimas, bem como a garantia de seus direitos legais, são prioridades no funcionamento dessas unidades.
“O crescimento das Salas Marias reforça o papel desse equipamento como um espaço de acolhimento e proteção às vítimas de violência doméstica. Com a criação de mais locais dedicados, buscamos mitigar o sofrimento de mulheres, crianças e adolescentes que chegam fragilizados às delegacias e precisam não apenas de soluções para seus problemas, mas também de um atendimento apropriado”, afirmou Leonardo Damasceno, secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.
Fernando Saliba, diretor de Gestão Pública do ES em Ação, ressaltou a importância da parceria com a Vale nesse projeto. “A violência contra a mulher é uma questão prioritária, e estamos unidos para apoiar essa demanda da SESP, reconhecendo as ações já realizadas, mas entendendo que ainda há espaço para avanços”, disse.
Vanessa Tavares, gerente de relações institucionais da Vale, também comentou sobre a colaboração estabelecida. “A Vale se sente honrada em contribuir para o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência contra a mulher. A parceria possibilitará a estruturação de salas humanizadas para o atendimento às vítimas”, afirmou.
A proposta das Salas Marias é proporcionar um acolhimento sensível e um atendimento adequado às mulheres que enfrentam violência doméstica e familiar e a seus filhos. Para garantir a eficiência no atendimento, os policiais civis que atuam em regime de plantão passam por treinamentos específicos, que visam assegurar que estejam aptos a oferecer direitos e informações conforme a legislação vigente, além de facilitar a articulação com os serviços de suporte disponíveis na rede local.
As Salas Marias, inseridas nas Delegacias Regionais, são projetadas para um atendimento humanizado, onde o contato inicial com as vítimas é feito por meio da Central de Teleflagrante da PCES, que processa as ocorrências registradas em todas as Delegacias. Nesse contexto, uma equipe composta por três assistentes sociais proporciona suporte às vítimas, promovendo a articulação com a rede de assistência em todo o Estado.
Com a atuação das assistentes sociais, as mulheres são encaminhadas de forma ágil para serviços especializados, assegurando a continuidade do atendimento tanto para elas quanto para seus filhos, através da assistência social municipal e dos Núcleos Margaridas, vinculados à Secretaria Estadual das Mulheres (SESM). Somente no ano de 2025, o Setor de Serviço Social da Central de Teleflagrante registrou 14.540 procedimentos, com o envio de 4.245 ofícios para a rede de atendimento psicossocial nos municípios, promovendo a continuidade no cuidado às vítimas.
De acordo com a delegada Michele Meira, gerente de Proteção à Mulher da Sesp, "os serviços municipais de assistência, como o CRAS e o CREAS, são informados dos casos e podem realizar busca ativa às vítimas, oferecendo serviços disponíveis em cada município, além de colaborar com informações que auxiliem na elaboração de estratégias para o enfrentamento da violência".
Para mais informações, a Assessoria de Comunicação da Sesp pode ser contatada através do e-mail comunicasespes@gmail.com.
Fonte: Governo ES