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Governo demite servidor por envolvimento em esquema de propina com pastores

A destituição de Luciano de Freitas Musse, gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC), pela Controladoria-Geral da União (CGU) foi o desfecho de um processo administrativo disciplinar que revelou sua participação em um esquema de conluio com os pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia. O objetivo do esquema era facilitar a liberação de recursos do MEC para prefeituras em troca de propina.

Em meio às revelações, o então ministro Milton Ribeiro acabou sendo exonerado do cargo. Segundo o processo disciplinar da CGU, Musse recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores e, além da destituição do cargo, ficará impedido de assumir funções de confiança no Poder Executivo federal pelos próximos oito anos.

A situação veio à tona durante uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado, na qual prefeitos de três municípios confirmaram terem sido abordados pelos pastores para pagamento de propina em troca da liberação de verbas do MEC.

Os pastores, apesar de não ocuparem cargos formais, tinham acesso livre ao MEC e intermediavam os pedidos das prefeituras junto ao ministro Milton Ribeiro. Esse último deixou o cargo após a divulgação de áudios nos quais afirma dar prioridade ao repasse de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) aos prefeitos que eram amigos do pastor Gilmar Santos, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar das denúncias, o ministro Ribeiro afirmou em sua defesa que não cometeu atos ilícitos.

Em resumo, o caso revela um esquema de corrupção e conluio no Ministério da Educação, envolvendo agentes públicos, pastores evangélicos e a liberação de recursos para prefeituras. A destituição de Musse e a exoneração do ministro Ribeiro são desdobramentos importantes desse escândalo, que impactou a pasta e o governo como um todo.

Essas revelações reforçam a importância da transparência e da atuação íntegra nos órgãos públicos, além de levantar questionamentos sobre a atuação de grupos de interesse e o acesso privilegiado a autoridades. É fundamental que casos como esse sejam investigados e que medidas sejam tomadas para garantir a integridade e a lisura na administração pública.

Editor
Editor
Roberta Carvalho editora do Portal Maratimba

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