Hoje (25) foi um dia festivo para Anchieta e para todo o Brasil. O motivo é que o Santuário Nacional de São José de Anchieta, construído por São José de Anchieta no século XVI, vai ser totalmente restaurado. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada na manhã de hoje, com presença de diversas autoridades, em uma solenidade ocorrida nas dependências da igreja Nossa Senhora da Assunção.
Assinaram o documento o governador do Estado, Paulo Hartung; o prefeito de Anchieta, Fabrício Petri; o reitor do Santuário, padre Nilson Maróstica; a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bolgéia; o diretor da Vale do Rio Doce, Luiz Eduardo Osório e outras autoridades presentes. O processo de recuperação do Santuário será feito em duas etapas e terá duração total de dois anos.
Na ocasião Hartung também assinou um convênio com o município de Anchieta, que autoriza a destinação de R$ 2,7 milhões do governo estadual à prefeitura para realização das obras de contenção na orla da Ponta de Castelhanos, destruída pelas forças da maré desde 2015.
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Fabrício aproveitou, em seu discurso, para agradecer ao governo do Estado pelo apoio e ainda descreveu algumas ações que sua gestão vem realizando para atravessar a pior crise financeira que Anchieta enfrenta. “Estamos trabalhando com poucos recuros mais priorizando a qualidade de vida de nossa população. Criamos várias ações para contornar essa crise e firmamos várias parcerias com o governo estadual. Nunca na história do município, o Estado foi tão presente, ajudando com recursos e sendo sensível aos nossos problemas”, disse.
Já o governador destacou a importância de São José de Anchieta para o Brasil e ainda comentou sobre as dificuldades financeiras e sociais que o município de Anchieta enfrenta com a paralisação da Samarco.
Durante a solenidade o Iphan entregou ao Santuário dois de seus sinos originais que estavam sendo restaurados.
Participaram também da solenidade o senador Ricardo Ferraço, os deputados federais Evair de Melo e Lelo Coimbra; os deputados estaduais Luzia Toledo e Rafael Favatto; os prefeitos de Guarapari, Edson Magalhães; Rio Novo do Sul, Thiago Fiorio, Itapemirim, Thiago Peçanha; o superintendente do Mepes, Idalgizo Monequi e vereadores de Anchieta.
Restauração do Santuário
Segundo informações do Iphan, a primeira fase das obras de restauração, prevista para iniciar em junho, fará o restauro e a readequação do museu. Realizada em 18 meses, ela compreenderá, entre outros, uma série de obras para oferecer maior acessibilidade às pessoas com dificuldade de locomoção, como rampas, banheiros adaptados conforme normas técnicas, sinalização em braile e plataformas elevatórias para que os visitantes tenham acesso à Cela de São José de Anchieta e às salas do museu.
Contempla, ainda, projetos museológicos e museográficos para organização de acervo e investimentos na climatização, na iluminação, na comunicação, na sonorização e no restauro de peças. A sustentabilidade econômica do museu será garantida com a construção de uma loja e um café para atender aos fiéis e peregrinos. O restauro de todos os telhados do museu e da Igreja conclui a lista de obras desta primeira fase.
Na segunda etapa, serão executados o restauro da Igreja, a montagem da sala de documentação e estudos e o paisagismo cultural na área do entorno do Santuário. A primeira etapa da obra será realizada com patrocínio da Vale, via Lei Rouanet, no valor de R$ 5,664 milhões. O projeto que será executado foi contratado pelo Iphan em 2014, com recurso próprio. O proponente das obras do museu e dos novos projetos é o Instituto Modus Vivendi.
Ponta dos Castelhanos
Agora, com a liberação do recurso, a prefeitura irá realizar um processo licitatório para contratar uma empresa especializada para executar as obras do muro contenção em parte da orla central, na Ponta dos Castelhanos. Desde 2015 a população local vem sofrendo com o avanço da maré, que já destruiu parte da rua e invadiu casas. O recurso, na ordem de 2,7 milhões, será destinado para construção de um muro de 500 metros de comprimento e reconstrução da rua destruída.
“Agora iremos iniciar, imediatamente, os trâmites burocráticos para iniciar a obra. A intenção que o muro e a pavimentação da rua estejam prontos até o final do ano”, disse Fabrício.