O ministro da Educação, Victor Godoy, negou ter conhecimento dos assuntos que eram tratados entre o ex-titular do MEC Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Ribeiro pediu demissão em março, depois de um áudio vazado mostrá-lo dizendo priorizar repasse de verbas a municípios indicados pelos pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu não participava das agendas com esses referidos pastores e os assuntos por ventura tratados entre eles e o então ministro da educação não eram de meu conhecimento”, disse Godoy nesta 4ª feira (11.mai.2022) durante seu depoimento na Câmara dos Deputados. O ministro foi ouvido pelas comissões de Educação e de Fiscalização e Controle da Casa.
Godoy foi oficializado no cargo em 18 de abril, substituindo Ribeiro depois das suspeitas de irregularidades. Mas já atuava como secretário executivo do MEC (o nº 2 do ministério) desde julho de 2020. Ele assumiu interinamente a pasta em 28 de março –quando o ex-titular pediu demissão.
Novo ministro da Educação prestou depoimento à Câmara. Ele tentou se afastar do ex-titular, dos religiosos e do FNDE
Reportagem do Poder360 mostrou que Victor Godoy teve ao menos 3 encontros com os religiosos quando era secretário-executivo. O ministro disse aos deputados que estes episódios foram durante eventos no auditório do MEC em que ele foi convidado por Milton Ribeiro para compor a mesa de abertura.
“Os pastores Gilmar e Arilton foram pessoas que eu conheci no momento em que eu participei do 1º evento no MEC na composição de mesa. Eu não conhecia esses pastores, nunca tinha ouvido. Isso foi em fevereiro de 2021. O 1º contato desses pastores com o ministro Milton foi em setembro de 2020”, disse Godoy.
O ministro da Educação, Victor Godoy, durante seu depoimento na Câmara dos Deputados nesta 4ª feira (11.mai.2022)
Godoy nega saber dos assuntos tratados por Ribeiro e pastores
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