A Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, analisou dados de mais de 136 mil usuários da plataforma entre os meses de janeiro e julho de 2020, e constatou que os gastos com transporte diminuíram em julho 23,50% em comparação com o primeiro mês do ano.
Para esse recorte, a empresa considerou os gastos cadastrados com as palavras: transporte, aplicativos de transporte, táxi, ônibus, estacionamento, combustível, gasolina, etanol, álcool e diesel.
Em março, início da quarentena no Brasil, os gastos com transporte tiveram uma queda de, aproximadamente, 19,46% em comparação com fevereiro. Em abril e maio, os gastos com essa categoria continuaram a diminuir, atingindo a maior baixa em maio, uma queda de 45,37% em comparação com os gastos em janeiro.
Para o CEO da Mobills, Carlos Terceiro, a queda consecutiva de gastos nessa categoria está relacionada com a adesão do isolamento. “A maioria das pessoas que aderiram ao home office não tiveram gastos no período com o deslocamento casa/trabalho e a manutenção para quem possuía um carro, também diminuiu”, explica.
Já nos meses seguintes – junho e julho – os números apresentaram crescimento. Em junho, mês que tivemos aumento da flexibilização do isolamento em muitos Estados houve uma aumento de 13,02% em comparação com maio. Em julho, os gastos com transporte voltaram a aumentar, no total 23,90% em comparação com junho.
Valor gasto por transação registra pequena queda
O estudo dos dados também analisou crescimento no ticket médio dos gastos realizadas pelos usuários do app nesta categoria.
Nos dois primeiros meses do ano, o valor médio registrado com transportes era de R$ 277,46. Em março, o valor diminuiu em 9,99% comparação com fevereiro. Em abril e maio o ticket médio continuou apresentando queda, sendo que em maio atingiu o menor valor de R$ 219,42. Em junho e julho, a média voltou a aumentar, atingindo R$ 225,08 e R$ 244,92, respectivamente.