O meia Paulo Henrique Ganso iniciou a partida do último sábado contra o Fortaleza entre os titulares do Fluminense. O jogador não só ficou os 90 minutos em campo, como teve grande atuação na vitória por 1 a 0 no Castelão.
Iniciar uma partida como titular tem sido um evento raro para Ganso em 2020. Desde o início do ano, o meia tem sido preterido pelo técnico Odair Hellmann. Nesta segunda-feira, em participação no programa Seleção SporTV, o treinador foi questionado sobre a situação do jogador na equipe.
“Hoje ele faz parte de um contexto, de um grupo, e eu não tenho conseguido oportunizar ele muito. Porque lá no início do ano, onde a gente abre um campo de visão no aspecto de criar uma ideia, uma forma de jogar, outros jogadores tiveram oportunidade e performaram. E quando o jogador performa, e tem a performance coletiva e individual, acaba abrindo menos espaço para outro jogadores que fazem parte do grupo”, explicou Odair.
“Eu tenho usado o Paulo em alguns momentos, ele tem entrado em praticamente todos os jogos, e está nos ajudando muito. É um jogador de muita qualidade e tenho certeza que vai continuar nos ajudando, porque ele é um jogador acima da média em nível técnico e que participou, por exemplo, do último jogo muito bem. Nesse momento outros jogadores estão iniciando mais porque estão conseguindo dar a resposta positiva. Mas tenho certeza que o Paulo vai nos ajudar muito como nos ajudou no final de semana”, completou.
Após várias decepções na temporada, o Fluminense atravessa um grande momento. Eliminado das Copas Sul-Americana e do Brasil, e derrotado na final do Carioca, o Tricolor engrenou uma série de bons resultados. Quarto colocado no Brasileirão com 32 pontos, o Flu tem a melhor campanha no mês de outubro, com com quatro vitórias e três empates, e um aproveitamento de 71%.
Para Odair, a opção da diretoria por bancar um trabalho focado no longo prazo, é uma das justificativas para a boa fase.
“Muito se discute o trabalho a longo prazo. Isso permite ao profissional e treinador um conhecimento amplo e íntimo de tudo que acontece, dos jogadores, suas características, em jogos diferentes. Esse ano, no início, tivemos dificuldades e oscilações. Na Sul-Americana, não tínhamos alguns jogadores ainda. Estava mais apto a oscilar. A Copa do Brasil tivemos de mudar a equipe numa semana decisiva. Gera oscilação também”, afirmou.
“As mudanças de acordo com estratégia visando adversário, acontece com conhecimento, convívio. O profissional que te conhece e confia, entende quando você o tira de um jogo, o contexto coletivo, que é o que vai dar o resultado. Esse tempo de trabalho permite ao profissional buscar adaptações para as caminhadas do ano”, acrescentou.
O Fluminense só disputa uma competição, ao contrário de outras equipes que estão entre os líderes do Brasileirão, como Internacional, Flamengo e São Paulo. O treinador admite que isso é uma vantagem para o Tricolor.
“Só temos uma competição e, então, uma estratégia. Então temos de executá-la da melhor maneira possível”, concluiu.
Com mais uma semana livre para treinar, o Flu volta a jogar somente no domingo. Pela 20ª rodada do Brasileiro, o Tricolor recebe o Grêmio no Maracanã, às 20h30.
Fonte: Gazeta Press – Confira + Notícias do Tricolor Carioca em Gazeta Esportiva.