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Exame ajuda a determinar agressividade do câncer de próstata

Informação é fundamental já que tumores com uma lenta evolução podem ser tratados apenas com acompanhamentos ou terapias menos invasivas

Exame ajuda a determinar agressividade do câncer de próstata e a evitar realização desnecessária de biópsia
Exame ajuda a determinar agressividade do câncer de próstata e a evitar realização desnecessária de biópsia

Até o fim deste ano, mais de 68 mil novos casos de câncer de próstata devem ser diagnosticados.

A campanha do Novembro Azul serve de alerta: mais de 68 mil casos de câncer de próstata serão diagnosticados no Brasil em 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Considerada uma doença da terceira idade, 70% dos casos no mundo afetam homens acima de 65 anos. Mas a detecção do tumor ainda em estágio inicial traz um prognóstico positivo para esses pacientes, já que as chances de cura chegam a 90%.

E um exame disponível recentemente no Brasil pode ser um grande aliado no diagnóstico precoce da enfermidade: o Índice de Saúde da Próstata – também conhecido como phi. Além de ser mais preciso que o PSA para diagnosticar a doença, o phi dá a médicos e pacientes uma informação essencial: o grau de agressividade do tumor.

Segundo o patologista, Adagmar Andriolo até agora a análise da agressividade do tumor era feita apenas através da biópsia prostática, um exame invasivo e que pode provocar infecções, sangramento na urina e no sêmen. Acontece que o câncer de próstata é classificado pela escala de Gleason, que atribui uma pontuação de acordo as características do tecido retirado da próstata – quando o resultado da biópsia é igual ou superior a 7, o tumor é considerado muito agressivo.

E estudos recentes indicam que o phi se correlaciona bem com essa escala, de tal forma que, com os resultados desse exame, é possível prever qual será o grau de agressividade do tumor antes mesmo da realização da biópsia. “Com essa informação em mãos, o médico consegue programar o melhor tratamento, que pode ser desde o acompanhamento até uma cirurgia com retirada total da próstata, a prostatectomia”, explica Adagmar.

Em tumores menos agressivos, a opção de acompanhar a evolução da doença, sem uma intervenção cirúrgica imediata, é uma forma de garantir a qualidade de vida do paciente. “É preciso lembrar que a retirada da próstata é um tratamento invasivo, que traz risco de impotência e incontinência urinária”, alerta o médico.

Embora alguns tumores cresçam de forma rápida, levando inclusive à metástase, a maioria dos cânceres de próstata evolui de forma bem lenta, podendo levar até 15 anos para atingir 1cm³. São tumores que não provocam sintomas nem ameaçam a saúde dos homens.

Assim como o PSA, o Índice de Saúde da Próstata é feito através de um simples exame de sangue. Ele faz um cálculo matemático de três marcadores presentes na amostra sanguínea: o PSA livre, o PSA total e o p2PSA. Essa combinação permite determinar com mais assertividade as chances do paciente ter câncer e reduz em até 30% a necessidade de realização de biópsia.

Confira a fonte original do Folha Vitoria, clicando aqui.

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