O coronavírus já matou mais de 11 mil pessoas em todo o Brasil e entre elas está o Frei Raimundo Nonato, que era Agostiniano Recoleto. Atualmente, ele estava servindo na Ilha do Marajó, no Pará, mas antes disso trabalhou em Vitória e Muqui, no Sul do Estado.
Ele faleceu neste domingo (10), por volta das 12 horas, após perder a luta contra a Covid-19. O religioso tinha 59 anos, estava internado em um hospital, era diabético e hipertenso. A notícia da morte do religioso foi dada via Facebook, pela Paróquia Nossa Senhora da Luz, na cidade de Portel, no Pará, onde o padre atuava como pároco.
O frei era natural do Ceará e atuou alguns anos no Espírito Santo. A primeira passagem do religioso pelo Estado foi em Muqui, logo após ser ordenado sacerdote. De 1996 a 2002, o frei desempenhou a atividade na Paróquia São João Batista, fazendo parte do grupo de presbíteros da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim.
Depois de passar alguns anos nas cidades do Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e Franca, ambas em São Paulo, ele voltou para o Espírito Santo em 2003, permanecendo por oito meses.
Em 2018, voltou para o Estado, onde ficou até dezembro de 2019 como pároco da Igreja Santa Rita, na Praia do Canto, Vitória. Em seguida, Frei Raimundo Nonato foi transferido para Portel – Ilha do Marajó e estava morando na Paróquia Nossa Senhora da Luz.
A salmista do grupo de liturgia da Igreja Santa Rita, Leopoldina Freire Silva, lembra que o frei Raimundo Nonato era muito carinhoso com as crianças e com os coroinhas e era conhecido como contador de “causos” nas homilias.
“Ele era muito querido, carismático e alegre, que é uma tradição dos cearenses. O frei andava sempre com santinhos nos bolsos para distribuir para as crianças e uma vez veio até mim e me disse que eu tinha voz de querubim”, resume.
Leopoldina lembra que o pároco era uma pessoa fantástica e que o sacerdote foi atuar em uma localidade muito carente. “Ele até pediu ajuda para comprar tijolos para levantar as paredes da igreja para onde foi transferido. Durante as missas, o frei Raimundo Nonato sempre contava um causo, deixando a liturgia mais leve e alegre. Servi ao lado dele e recebi a notícia da morte com muita tristeza”, declara.
Fonte: agazeta.com.br