O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça (Sejus), lançou o Projeto Semear, uma iniciativa inovadora que visa ao cultivo de alimentos em áreas produtivas dos complexos prisionais para abastecer as cozinhas instaladas nas penitenciárias do Estado. O evento de lançamento aconteceu na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), localizada no Complexo de Xuri, onde a preparação da terra para o plantio de mudas e sementes já foi iniciado. O projeto, que abrange uma área de cultivo de 13,5 hectares, é uma forma de promover a ressocialização dos internos do sistema prisional.
Internos estão sendo capacitados para diversas atividades agrícolas, como a operação e manutenção de máquinas agrícolas, instalação e manutenção de sistemas de irrigação, técnicas de plantio, entre outras. Além disso, o projeto prevê a construção de galpões para armazenamento de materiais e de um viveiro de mudas, bem como a aquisição de maquinários como tratores, roçadeiras, distribuidoras de calcário e subsolador.
Os investimentos federais para o Projeto Semear totalizam R$ 4,7 milhões, provenientes do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), geridos pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). O governador Renato Casagrande, presente no evento de lançamento, ressaltou a importância do projeto para a autossuficiência do sistema prisional e para a ressocialização dos detentos. A madeira apreendida também será utilizada na fabricação de móveis que serão doados a instituições.
O Secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destaca que toda a produção agrícola será utilizada pelas cozinhas instaladas nas unidades prisionais do Estado, promovendo um ciclo de autossuficiência e qualidade na alimentação dos internos. Com acompanhamento técnico e controle de qualidade, o Projeto Semear oferece aos detentos a oportunidade de contribuir para o próprio abastecimento alimentar e para a economia do sistema prisional.
Além do cultivo de hortaliças como acelga, alface, couve, beterraba, e outras, o projeto também inclui a fruticultura, com a produção de banana prata, tangerina e goiaba. A parceria com o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) garante a formação profissional dos trabalhadores do projeto, que participam de cursos como Tratorista, Agricultura orgânica, Olericultura, entre outros.
Durante o evento de lançamento do Projeto Semear, também foram anunciados investimentos federais de mais de R$ 13 milhões para o sistema prisional do Espírito Santo. Os recursos incluem a aquisição de equipamentos de segurança, como câmeras de videomonitoramento, detectores de metais, pistolas, viaturas, além da montagem de uma oficina de malharia e de uma fábrica de absrovntes e fraldas descartáveis.
Outra parceria anunciada durante o evento foi entre a Sejus e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) para o projeto Marcenaria do Bem, que visa o aproveitamento de madeiras apreendidas em projetos de ressocialização do sistema prisional. A iniciativa proporciona o aumento da capacidade de produção e vagas de trabalho para os detentos que atuam nas marcenarias das unidades prisionais.
A destinação da madeira apreendida pelo IDAF para a fabricação de móveis é uma prática sustentável que contribui para a ressocialização e reinserção social dos detentos, além de promover aspectos de ESG (ambiental, social e governança). A parceria entre a Sejus e o IDAF fortalece a logística no aproveitamento da madeira apreendida e demonstra o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a inclusão social.
Em resumo, o Projeto Semear e a Marcenaria do Bem representam iniciativas inovadoras e transformadoras para o sistema prisional do Espírito Santo, promovendo a ressocialização, a autossuficiência e a sustentabilidade. Com investimentos em capacitação, infraestrutura e segurança, o Estado demonstra seu compromisso com a reinserção social dos detentos e com a promoção de um sistema prisional mais eficiente e humano.
Fonte: Governo ES
