A mulheres piumense aguardam com ansiedade a finalização da minuta do Projeto de Lei e o chamamento para a eleição que criará o Conselho
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O 1º Encontro de Mulheres de Piúma – Momupi ocorreu no dia 20 de novembro de 2021 no Auditório do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes/Campos Piúma com a finalidade de defender e garantir o direito das mulheres com foco no auto índice de violência contra as mesmas no cenário municipal, além de buscar junto ao poder público desenvolver políticas públicas em defesa das mulheres.
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Registraram presença no evento, as palestrantes, Catarina Cecin Gazele, professora de Ciências Criminais da Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes e procuradora de Justiça. Também a advogada, mestre em Criminologia e guardiã dos conselhos no Espírito Santo – ES, Viviane Layber que abordou a importância da existência do Conselho de Direitos da Mulher no Município de Piúma. Mulheres essas, que são empoderadas em suas funções e que estão preocupadas com a situação do município.
Entre as pautas debatidas no Encontro de Mulheres, a Lei nº12.66 de 12 de abril de 2007 de autoria da ex-vereadora Zulmira Santamarinha, onde institui a política municipal da mulher e para a mulher.
Passados três meses em que o Encontro foi realizado em Piúma, e neste feito um chamamento das entidades e associações representadas por mulheres na Cidade das Conchas, a Secretaria de Assistência Social, responsável pela criação da minuta do Projeto de Lei que deverá ser enviado à Câmara de Vereadores para aprovação ainda não conseguiu elaborar o documento que já chegou a sua pasta 90% pronto faltando apenas a inserção do Fundo Municipal dos Direitos da Mulher para que a procuradoria dê o parecer técnico.
Convém ressaltar que a secretária de Assistência Social, Jaqueline Surrage foi procurada para comentar sobre a demora na elaboração da minuta que deverá seguir a Casa de Leis para aprovação e ela disse que está envolvida em outras prioridades, como a questão da população de rua – Pop rua e entrega de cestas básicas. Jaqueline justificou a demora ainda dizendo que a maior parte dos servidores da Assistência estão positivados para a Covid-19 e outros de férias.
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A notícia boa é que Jaqueline Surrage se comprometeu na semana que vem, terça-feira, 01 se reunir com uma servidora que ficou responsável pela inclusão do referido fundo na minuta para que o projeto siga a procuradoria.
“Tínhamos um prazo, dia 15 de dezembro, o Ministério Público estipulou esta data para que fosse feito a convocação das mulheres para eleição do conselho. Já se passaram três meses e o projeto ainda não foi sequer para a procuradoria. Não podemos esperar mais, temos muitas mulheres precisando ser abraçadas, assistidas e amparadas pelas políticas públicas. Acreditamos que o chefe do Executivo não encontrará dificuldades em sancionar o projeto de lei, quando este for aprovado pela Câmara, uma vez que, sendo ele militar, conhece bem a realidade das nossas mulheres, principalmente as que sofrem violência dentro dos seus lares”, ressaltou a secretária do Momupi, Thayane Kamila Almeida.
A presidente do Movimento de Mulheres de Piúma, Catarina Ferreira dos Santos foi procurada para comentar a matéria, mas preferiu não se manifestar.
A pergunta que fica: Qual é o próximo passo, secretária? A mulher piumense precisa urgentemente que a lei que vai completar 15 anos seja de fato executada e saia do papel.
A LEI DE 2007
Há 15 anos a Lei 12.66 foi criada em Piúma para assegurar os direitos das mulheres. Nada do que foi disposto na lei foi implementado na cidade, o que faz com que o Movimento de Mulheres de Piúma se organize para a criação do Conselho da Mulher como prevê a lei.
Observe:
No parágrafo XI da Lei fala em garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, o município sequer tem uma maternidade, o “Outubro Rosa” realizou quantas mamografias? Quantos preventivos? Campanhas de educação sexual não são promovidas, qual a política pública de fato que acolhe a mulher em Piúma? Lembrando que são direitos garantidos numa lei que completou 15 anos de sancionada e não funciona! O Conselho da Mulher é para cobrar o funcionamento da lei.
Assegura o art. 2º da lei que são instrumentos essenciais à execução da Política Municipal da Mulher: o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; o Fundo Municipal dos Direitos da Mulher; a Coordenadoria Especial da Mulher e o Centro de Atendimento à Mulher. Nenhum desses existem em Piúma, apesar de haver a lei.
Conheça a lei na íntegra no link abaixo:
iana%20M%C3%A1ximo/Desktop/Lei%201266.pdf
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Fonte: Espírito Santo Notícias – Notícias de Piúma a Cidade das Conchas