Filho da saudosa professora Ivane Carvalho, Lucas Carvalho de Piúma vence na categoria curta metragem amador com o filme “A Vizinhança” o Festival Internacional de Cinema Fantástico
Piúma pode bater palmas e compartilhar com toda a cidade este prêmio, afinal, é da Cidades da Conchas o campeão na categoria curta metragem amador, o primeiríssimo lugar do 11º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico, realizado pela Flt Cow Produções em 2021. O nome dele é Lucas Carvalho. O troféu é a mão do ator José Mojica Marins, o Zé do Caixão.
No curta metragem Vizinhança, Lucas foi diretor/cinegrafista/roteirista, fotógrafo e ator, fez tudo sozinho, um obstáculo que ele queria ultrapassar, e, ultrapassou com maestria, é campeão.
Da produtora Toca das Bruxas Filme, Lucas é natural de Piúma, radicado em Vitória. Com o Site do Espírito Santo Notícias ele contou como foi esta conquista que carimbou, literalmente sozinho. Isso, mesmo, sozinho. Ele escreveu o roteiro, escolheu o cenário, produziu as filmagens, se dirigiu, se inscreveu no Festival e ganhou o prêmio que acaba de chegar as suas mãos. Felicidade é pouco, para este jovem que foi para Vitória apostar na sua criatividade e tem feito brilhantes trabalhos.
Com pano de fundo da própria realidade em sair de uma cidade pequena como Piúma, onde todos se cumprimentam e se conhecem, Lucas se viu sozinho numa cidade grande, onde poucos sequer dão bom dia, ou boa tarde. Morando num prédio quase vazio, o Vizinhança lhe caiu muito bem.
“O Vizinhança, é um curta que eu produzi no ano passado sozinho: fiz a direção, o roteiro, eu que gravei e atuei. Ele conta basicamente a história de como eu cheguei em Vitória, em plena pandemia, uma cidade completamente diferente de Piúma, uma cidade grande, onde a gente sabe que as pessoas não tem muito o hábito de dar um bom dia, boa tarde, boa noite. O prédio onde eu moro também é meio vazio, o filme é um curta de horror com esta história”, disse.
Enredo
O enredo conta a história de um cara chegando para morar em um prédio que ele ainda não tinha visto e não conhecia. Quando ele se aproxima percebe que não há janelas, esta, é a impressão que ele tem, é que só há no prédio o apartamento dele. “Quando ele entra, e, até então, não tinha visto, todos os prédios em volta também não têm janela, ao longo do filme ele vai percebendo que a noite as coisas começam a aparecer. As janelas surgem e dentro delas tem meio que monstros, e então, tem toda uma saga, onde ele corre, desce, vai para rua, foge do apartamento dele, mas quando chega na rua, olha e ver que todos os prédios começam a acender e em cada janelinha que não existia, agora existe aparecem um monstro todo preto com olhos vermelhos e tal”.
O curta é de horror e o que Lucas propunha aconteceu. Fazer um filme completamente sozinho. “O projeto é este, ganhamos, estou extremamente feliz, ganhei meu prêmio, foi meu primeiro troféu com um projeto meu, um curta metragem, um projeto áudio visual que eu fiz sozinho, totalmente, este inclusive era o propósito deste vídeo, por em desafio de produzir um filme totalmente sozinho”.
Sem se conter de felicidade com o troféu que é a réplica da mão do ator José Mojica Marins, o Zeca do Caixão, o ator/diretor Lucas Carvalho comentou que na categoria longa metragem levou o prêmio de melhor ator, Mateus Nachtergaele, o João Grilo do Auto da Compadecida. Ator que ele é super fã, bem como o Auto baseado na obra de Ariano Suassuna. “Quando eu vi isso eu fiquei ainda mais emocionado porque eu sou um fã de cinema nacional, sou um fã do Auto da Compadecida, vê um cara que eu sou fã, que eu gosto muito de ver os filmes com ele com um troféu igual ao meu me deixou ainda mais pra cima”.
Curso na Academia de Cinema
Além do troféu o diretor de fotoigrafia piumense também ganhou um curso na Academia Internacional de Cinema que fica em São Paulo, Academia mais importante de cinema no país e uma das melhores de cinema na América Latina.
Não para
O curta metragem vencedor de Lucas foi inscrito em nove festivais, sendo cinco internacionais e quatro nacionais, lembrando que, o 11º o Cine Fantasy é um dos maiores festivais de cinema fantástico de terror da América Latina. “Com este curta eu fui campeão neste festival que é de São Paulo, mas é internacional, extremamente importante na América Latina, fora ele, eu entrei em alguns outros festivais em outros estados e também já passei por festivais nos EUA, na França, na Itália”.
Da Cidade das Conchas para o mundo
Lucas tem trabalhado mais com publicidade, produzindo VTs comerciais. Já produziu material para o Extrabom, Vale, recentemente fez um comercial para a SAMP que foi bem específico para o sul do estado e tal. “Publicidade é o que paga a contas, mas tenho produzido coisas para cinema que é minha paixão mesmo. Estou trabalhando em um roteiro há mais de 5 meses e vou tentar realizar ele com lei de incentivo no ano que vem. Produzo algumas coisas independentes que acabam servindo de laboratório e estudo, que tem me dado umas experiências bem legais como esse prêmio, o curso e a participação em festivais ao redor do mundo”.
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Fonte: Espírito Santo Notícias – Notícias de Piúma a Cidade das Conchas