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Dia Mundial de Combate à Tuberculose: cuidados contra a doença devem permanecer durante a pandemia de Covid-19

Nesta quarta-feira (24), é lembrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que tem como objetivo conscientizar e alertar a população sobre a gravidade da doença. Transmitida por meio das vias aéreas, os cuidados para evitar a contaminação devem ser realizados ao longo do ano, mas, principalmente, no período da pandemia de Covid-19.

A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria da Saúde (Sesa), Ana Paula Rodrigues Costa, explica que a infecção pelo novo Coronavírus fragiliza o sistema imunológico do paciente. Com isso, ele fica mais vulnerável para contrair doenças relacionadas ao sistema respiratório, como a tuberculose.

“A exposição ao Covid-19 reativa a bactéria da tuberculose, que está inserida em boa parte da sociedade de forma latente. É necessário tratar de forma inteligente as duas doenças, uma vez que ambas possuem sintomas semelhantes. Além disso, é essencial manter as atividades essenciais de enfrentamento à tuberculose como identificar, diagnosticar e tratar o paciente sintomático respiratório”, destacou.

Os principais sintomas da doença são dores no peito, tosse por mais de três semanas, falta de ar, perda de peso, cansaço excessivo, febre baixa no final da tarde e perda de apetite. A coordenadora ressalta que algumas ações são formas de prevenção contra a doença.

“Manter a casa bem arejada/ventilada, alimentar-se de forma adequada, tomar a vacina BCG, realizar diagnóstico precoce e tratar a forma latente da tuberculose é fundamental para combater essa doença na sociedade”, relatou.

 

Número no Estado

No ano de 2019, foram registrados no Espírito Santo 1.438 casos de tuberculose e 79 óbitos. Isso equivale a uma incidência de 33,8 casos por 100 mil habitantes e taxa de mortalidade de 1,9 por 100 mil habitantes. Já em 2018, foram identificados 1.305 novos casos da doença, com coeficiente de 32,9 casos por 100 mil habitantes e 68 pessoas morreram vítimas da doença.

Em 2019 o Estado notificou 61,5% de cura dos pacientes. Outros 11,8% abandonaram o tratamento. Os dados referentes a 2020 ainda estão sendo calculados.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da tuberculose é feito por meio do exame de Baciloscopia de Escarro. O resultado fica pronto no mesmo dia, e pode ser feito em todas as unidades de saúde do Estado.

Nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica é oferecido o Teste Rápido Molecular para tuberculose, que identifica o bacilo em até duas horas. O teste rápido é feito com tecnologia biomolecular que além de detectar o bacilo da doença, também identifica se ele tem resistência ao medicamento Rifampicina, principal remédio e um dos quatro medicamentos usados para tratamento. Com a realização de outro exame, denominado Teste de Sensibilidade Antimicrobiana (TSA), também é possível diagnosticar a quais desses medicamentos o bacilo desenvolveu resistência.

Após o diagnóstico, o tratamento também é realizado na própria unidade de saúde, onde o paciente realiza o acompanhamento e retira os medicamentos de forma gratuita. O tratamento é feito por poliquimioterapia (uso de vários comprimidos) com antibióticos. Esses medicamentos devem ser tomados todos os dias, sem interrupção.

 

Informação à Imprensa:

Assessoria de Comunicação da Sesa

Syria Luppi / Kárita Iana / Paula Lima / Luciana Almeida / Thaísa Côrtes / Danielly Schulthais

asscom@saude.es.gov.br

Fonte: Governo ES

Editor
Editor
Roberta Carvalho editora do Portal Maratimba

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