Neste Dia da Árvore (21), o Espírito Santo tem motivos para se orgulhar: o Programa Reflorestar, que é referência nacional, já beneficiou mais de 3,8 mil projetos que ajudaram a recuperar ou preservar 20 mil hectares do meio ambiente dos capixabas de diferentes bacias hidrográficas, de norte a sul do Espírito Santo.
É o caso, por exemplo, do produtor Ricardo Sardi, de Alfredo Chaves. Ele recebeu por serviços ambientais relacionados à preservação ambiental e à recuperação da Mata Atlântica capixaba dentro da sua propriedade. “Ouvi falar do Programa, me cadastrei e não me decepcionei”, aponta.
No Estado, a microrregião do Caparaó lidera o ranking, com 35% dos projetos apoiados. Em seguida, a região sudoeste serrana tem 15,5%, acompanhada das regiões noroeste, com 10%, nordeste, com 9,5%, e centro oeste, com 9%. As demais microrregiões do Estado (central serrana, central sul, Rio Doce, litoral sul e Metropolitana) completam o restante das áreas apoiadas. Somados, os recursos empregados atingem quase R$ 67 milhões aplicados na preservação e na recuperação de nascentes e áreas verdes no Estado.
“A recuperação de áreas degradadas não é simples, exige tempo e dedicação. Quando se topa o esforço, os resultados aparecem, multiplicam-se os bons exemplos, o que acaba conscientizando outras pessoas a fazerem o mesmo”, complementa o produtor.
O Reflorestar resulta da integração de programas de recuperação da Mata Atlântica e envolve o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama). Ao banco capixaba cabe receber, intermediar e aplicar os recursos.
Para ser contemplado, é necessário que o proprietário rural tenha áreas estratégicas na geração de serviços ambientais relacionados ao aumento da capacidade de infiltração da água no solo e na redução da geração de sedimentos, identificadas por meio de estudos reconhecidos pelo Núcleo de Gestão do Programa Reflorestar (NGPR), da Seama.
E os esforços estão em expandir ainda mais as áreas de atuação do Programa Reflorestar. O secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hidricos, Fabricio Machado, explica que para o Ciclo 2021 do Programa, que será lançado nos próximos dias, serão inseridas novas áreas estratégicas. “Além das propriedades rurais localizadas nos municípios do Caparaó e no interior das bacias do Jucu, Santa Maria da Vitória e Reis Magos, teremos novas áreas a montante de pontos de captação de água para abastecimento de centros urbanos. São propriedade rurais localizadas em 106 microbacias de abastecimento em todo o Estado”, afirma o secretário.
Para participar, é necessário se cadastrar e aguardar possibilidade de apoio para a sua região pelo site (https://seama.portalreflorestar.es.gov.br/registro/). O pagamento dos serviços ambientais é mais uma alternativa de geração de oportunidades e renda para o produtor rural. Os valores variam de acordo com a modalidade de preservação e a extensão de área preservada.
De acordo com o diretor-presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira, para os próximos anos o objetivo é recuperar ou incentivar a preservação de mais 3.600 hectares. “A meta do Bandes para o Programa é viabilizar mais 1,8 mil novos projetos até o fim de 2022, o que deve representar aproximadamente mais 3.600 hectares preservados ou recuperados. Com isso, a estimativa é que esses novos projetos ensejem a aplicação de aproximadamente R$ 57 milhões.”, detalha Munir.
Programa Reflorestar
Quem pode participar?
Todo proprietário de área rural das regiões prioritárias que queira destinar parte de sua propriedade para fins de preservação do meio ambiente ou para práticas rurais sustentáveis. Acesse https://seama.portalreflorestar.es.gov.br/ e cadastre-se para participar.
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Fonte: Governo ES