Dengue: Saúde explica sobre uso do fumacê e pede apoio no combate do mosquito
Secretaria de Saúde informa sobre o número de casos notificados e a não utilização do fumacê.
O mosquito Aedes aegypti se prolifera com mais facilidade em períodos de calor e chuva. E para combater esse inseto, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Saúde de Anchieta (Semus) vem realizando diversas ações, entre elas, visita domiciliares com orientação para evitar focos do mosquito, instalação de armadilhas para captura do inseto e limpeza de terrenos baldios.
Mas para erradicar esse mosquito é necessário que toda população se sensibilize e cada cidadão faça sua parte para evitar água parada e, com isso, a existência de possíveis criadouros.
Por que o carro fumacê não passa em todas as ruas da cidade?
De acordo com a Semus, a utilização do carro fumacê, conforme orientação do Ministério da Saúde (MS), somente é indicado em localidade onde existe alto índice de infestação do Aedes aegypti e transmissão da dengue com casos notificados.
Conforme informações da Vigilância Epidemiológica, até o fechamento desta matéria, há no município 25 casos notificados, desses, 09 foram descartados e nenhum caso confirmado. Os demais ainda estão aguardando resultado do Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen).
Conforme informações da Semus, para cada caso suspeito notificado (dengue, zika, chikungunya e febre amarela), a Vigilância Ambiental faz o “bloqueio de caso”, ou seja, realiza a pulverização espacial do inseticida (malathion) com autorização e liberação do insumo pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no entorno da moradia do paciente (nos quarteirões adjacentes à residência).
“Esse serviço é realizado sempre ao amanhecer ou ao entardecer, por ser o período de maior atividade do aedes, uma vez que ele tem hábitos diurnos, diferente das demais espécies de mosquitos. A aplicação do veneno em outro momento do dia não seria eficaz, uma vez que teria efeito apenas sobre o mosquito adulto, não destruindo ovos e larvas”, explica nota expedida pela Semus.
Quanto a solicitação do uso do carro fumacê, a Vigilância Ambiental esclarece que existem
“A aplicação do inseticida de maneira espacial (no ar) é uma forma apenas emergencial e complementar às demais técnicas e ações de enfrentamento do mosquito. É preciso continuar com as ações de bloqueio de transmissão com ações de eliminação de focos do mosquito, além da educação com informações sobre prevenção do inseto nas residências”, pontua a secretária.
Segundo informações da Semus, a cada caso notificado, além do bloqueio realizado, uma equipe do Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social (Pesms) é enviada à localidade para ofertar orientações através de forma lúdica e informativa quanto aos cuidados e prevenção da dengue.
Outra ação para o controle do mosquito, informada pela Semus, é a instalação de 10 armadilhas nos principais pontos da cidade, a fim de capturar o inseto em sua forma adulta. Conforme o setor, essas armadilhas são monitoradas semanalmente e até o momento, de todos os mosquitos capturados, apenas 05 eram da espécie Aedes aegypti e nenhum apresentou infestação pelo vírus.
“Mediante aos fatos analisados, podemos afirmar que não estamos em epidemia de dengue e não temos indicação e justificativa para o uso do carro fumacê”, explica Santos.
A Secretaria Municipal de Saúde informa também que continua desenvolvendo um intenso trabalho no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “São realizadas ações norteadas pela Vigilância Ambiental, por meio dos agentes e combate a endemias. A Semus ainda tem utilizado todos os mecanismos possíveis no combate à proliferação do inseto, bem como no atendimento adequado as pessoas suspeitas da doença. A Semus solicita a população que é necessário cada morador fazer sua parte, manter quintais limpos e livres de acumulo de água parada”, solicita a secretária.