O ciclone subtropical Kurumí se forma na costa do ES e população fica receosa quanto aos efeitos que o mesmo terá no Espírito Santo, embora toda a atividade esteja acontecendo em alto mar, as consequências poderão ser sentidas em todo o Espírito Santo.
Institutos de meteorologia emitiram alertas que cobrem praticamente todo o Estado e ventos de até 100km/h são esperados.
Ciclone subtropical Kurumí se forma na costa do ES. Chuvas podem chegar a 150mm
As chuvas por sua vez podem chegar a 150mm, o motivo são os efeitos do ciclone mesmo após ele ter se tornado uma tempestade subtropical.
Um ciclone subtropical deve se formar a partir desta quinta-feira (23) no litoral Sul do Espírito Santo. Assista ao boletim no final do texto!
Marinha do Brasil emite alerta sobre Kurumí
De acordo com alerta emitido pela Marinha do Brasil, os ventos podem passar dos 63 km/h, resultando em grandes acumulados de chuvas, como já previsto por órgãos de monitoramento meteorológico.
Caso a intensidade dos ventos observados alcance ou supere 63 km/h (34 nós), o fenômeno será reclassificado como Tempestade Subtropical “Kurumí”, expressão em tupi-guarani que significa “menino”.
Assista o boletim Climatempo
A Marinha do Brasil também já emitiu alerta para a possibilidade do ciclone atingir o Espírito Santo e Rio de Janeiro. Confira abaixo a publicação.
Caso a tempestade se confirme, ela deve receber o nome de Kurumí, que significa ‘menino’, em tupi-guarani
SÃO PAULO – A Marinha do Brasil emitiu alerta sobre possível formação de ciclone subtropical entre esta quinta-feira, 23, e sexta, 24, na costa da Região Sudeste. Caso a tempestade se confirme, ela deve receber o nome de “Kurumí”, que significa “menino”, em tupi-guarani.
O que diz o Climatempo
Segundo o Climatempo, há previsão de queda acentuada da pressão atmosférica sobre o oceano no decorrer da quinta-feira, entre os litorais sul do Espírito Santo e norte do Rio. “Tudo acontece sobre o mar, mas algumas rajadas de vento, com até 60 km/h poderão ser observadas sobre o continente”, diz.
O mais comum é que os ciclones se formem no Atlântico Sul no mês março, período final do verão, de acordo com o Climatempo. Nessa época, a água do ar tem mais calor armazenado, o que favorece o desenvolvimento das tempestades. Na costa entre o Rio e o Espírito Santo, a temperatura da água deve se manter entre 26°C e 27°C.
O fenômeno só será classificado como ciclone se os ventos atingirem 63 km/h ou mais. Se confirmado, ele deve acontecer em regiões oceânicas e não terá “efeito relevante no continente”.
Tempestade subtropical
“Esta possível tempestade subtropical estará em alto-mar e se afastando do País”, afirma o Climatempo. “Depois de organizado, este sistema de baixa pressão atmosférica tende a se deslocar cada vez mais para alto-mar, fazendo a trajetória de para sul, e afastando-se cada vez mais da costa da Região Sudeste.”
A configuração de ventos em diversos níveis de altitude, no entanto, deve estimular a formação de grandes áreas de instabilidade. Há previsão de forte chuva sobre o Espírito Santo e na região norte do Rio. “A chuva deve ser volumosa e deve causar transtornos para a população”, diz o Climatempo.
Meteorologista explica que possível ciclone vai potencializar chuvas no ES
Em quatro cidades – Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul – o governo decretou calamidade pública e pediu ajuda ao Exército.
Após um alerta emitido pela Marinha do Brasil sobre a possibilidade de formação de um ciclone subtropical em alto-mar entre o norte do Rio de Janeiro e o sul do Espírito Santo, o meteorologista Hugo Ramos explicou como esse fenômeno pode atingir os capixabas. De acordo com ele, o ciclone vai potencializar as chuvas que já estavam previstas.
Cidades do Sul do Espírito Santo já foram prejudicadas pela chuva de sexta-feira (17). Em quatro delas – Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul – o governo decretou calamidade pública e pediu ajuda ao Exército.
O que diz o Incaper
O meteorologista Hugo Ramos, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), disse que, em algumas regiões, a chuva pode ser mais forte.
“Hoje (22) devemos ter chuvas mais localizadas. Em alguns pontos, pode ser de forte intensidade. A partir de amanhã, elas devem ocorrer de forma mais frequente ao longo do dia, alternando a intensidade”, disse.
“De acordo com as simulações atmosféricas, o ciclone deve se formar mais para a noite de amanhã (23). E o papel dele vai se potencializar as chuvas que já vão ocorrer no estado. Já temos a presença de um canal de umidade que vai causar aumento na intensidade das chuvas, ele [ciclone] vai ajudar a organizar toda essa umidade sobre o Espírito Santo e vai manter o tempo chuvoso”, completou Ramos.
Todos devem se preparar para chuvas fortes
O ciclone deve provocar chuvas em todo o Estado, mas a preocupação é maior com a região sul do Espírito Santo, que ainda se recupera do estrago causado por uma tempestade na semana passada.
Áreas de Risco de Enchentes no ES
“As áreas de risco ficam muito mais vulneráveis a essa ocorrência de chuvas intensas, consequentemente, a possibilidade e deslizamentos de terra, de encostas rolamento d pedras passa a ser muito grande”, disse tenente coronel Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros.
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Os Bombeiros orientam quem mora em áreas de risco. “Às vezes, a casa em uma propriedade rural está muito próxima a encosta e começa a ter desmoronamento em parte da encostas. Você não pode permanecer ali, tem que sair imediatamente, procurar um local seguro e acionar a Defesa Civil do município”, orientou Borges.
O que é o Ciclone Kurumí?
Mesmo que você ainda não saiba o que de fato é o Kurumí, especialistas alertam para que você tome cuidado com o efeitos climatológicos que eles podem desencadear no ambiente.
De acordo com a Marinha, a formação do ciclone será em alto-mar e pode causar ventos de até 87 km/h, no entanto o Climatempo afirma que ventos podem passar dos 90km/h.
A previsão aponta totais pluviométricos que podem alcançar de 150 milímetros a 400 milímetros, impactando severamente esses estados.
Tupi-guarani
Kurumí significa “menino” em tupi-guarani. É a Marinha quem nomeia os sistemas meteorológicos especiais que se formam em áreas oceânicas e os nomes já ficam pré-definidos.
Uma lista começou a ser feita em 2011 e teve atualização em 2018. Confira a relação dos últimos ciclones e os nomes já escolhidos para os próximos:
1 – Arani (tempo furioso) – março 2011 – RJ-ES
2 – Bapo (chocalho) – fevereiro 2015 – SP
3 – Cari (homem branco) – março 2015 – SC
4 – Deni (tribo indígena) – novembro 2016 – RJ
5 – Eçaí (olho pequeno) – dezembro 2016 – SC
6 – Guará (lobo do cerrado) – dezembro 2017 – ES-BA
7 – Iba (ruim) – março 2019 – BA
8 – Jaguar (lobo) – maio 2019 – RJ
9 – Kurumí (menino)
10 – Mani (deusa indígena)
11 – Oquira (broto de folhagem)
12 – Potira (flor)
13 – Raoni (grande guerreiro)
14 – Ubá (canoa indígena)
15 – Yakecan (o som do céu)
Portanto capixabas, mineiros e cariocas devem ficar atentos ao clima, pois ainda que a formação do ciclone não atinja as praias os efeitos serão sentidos no continente. O perigo maior poderão ser as fortes chuvas, com previsão de até 150mm e ventos que podem chegar a 100km/h em alto mar.
No entanto as cidades capixabas como Iconha, Alfredo Chaves e Vargem Alta devem aumentar seus alertas de atenção, pois no último fim de semana sofreram com as enchentes e ainda não se recuperaram dos estragos causados pela lama e destruição.
Em Iconha a chegada do Exército e dos bombeiros deve ajudar na recuperação das ruas e limpeza das vias públicas, no entanto existe uma grande preocupação com a chegada do Kurumí.
Acompanhe todas as informações sobre a formação do ciclone Kurumí.