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3 de julho de 2025
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Ciclone subtropical Kurumí começa a nascer amanhã (24). Diz Climatempo!

Kurumí começa a nascer hoje. Diz Climatempo. Veja as consequências no ES
Kurumí começa a nascer hoje. Diz Climatempo. Veja as consequências no ES

A palavra mais falada no últimos dias ‘Kurumí’, veja o que é o ciclone Kurumí e entenda o que poderá acontecer na costa capixaba com sua formação. As consequências podem ser devastadoras com ventos de até 87 km/h além de criar ondas de até 5 metros em seu interior.

Ventos chegam a 87km/h e podem formar ondas de até cinco metros próximo ao centro do ciclone. Há previsão de chuva em todo o Estado

A formação de um ciclone subtropical em alto-mar, do Norte do Rio de Janeiro ao Sul do Espírito já foi confirmada pela Marinha do Brasil. O órgão emitiu um alerta prevendo ondas de até cinco metros e ventos que podem chegar a 87km/h. Esse fenômeno deve acontecer entre quinta-feira (23) e sábado (25).

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Mas o que sabemos sobre o ciclone? Como ele acontece? De que forma pode afetar a vida dos capixabas? Quem explica é o Comandante Peixoto, Meteorologista do Centro de Hidrografia da Marinha.

O QUE É UM CICLONE?

O ciclone é um centro de baixa pressão que provoca tempestades e ventos com alta velocidade. Ele se forma quando a temperatura do mar fica mais alta e o ar em cima fica mais leve e sobe, dando origem a várias nuvens pesadas. É comum que os ciclones aconteçam entre janeiro e março, quando é mais quente.

QUAL A DIFERENÇA DE UM CICLONE SUBTROPICAL PARA OUTRO TIPO?

Os ciclones, no geral, estão associados a uma frente fria e se deslocam em direção ao oceano Atlântico. Mas no caso do ciclone subtropical, a circulação é diferente. Ele tende a acompanhar onde a superfície do mar está mais quente, o que nesta época do ano é próximo aos litorais. Isso gera mais preocupação e um monitoramento maior da Marinha.

QUAIS SÃO OS RISCOS?

Como o ciclone se forma em alto-mar, os maiores riscos são para as navegações. Nestas áreas, os ventos devem chegar a 87km/h e formar ondas de até cinco metros. Embarcações mercantes e as que operam na Bacia de Campos devem ficar atentas.

QUAIS OS EFEITOS NA COSTA CAPIXABA?

O ciclone se formará a 200 km da costa do ES. Por causa disso, os efeitos não chegam aqui tão fortes. Contudo, todo o litoral deve estar de ressaca, com ondas de até 2,5 metros de altura. No Norte do Espírito Santo, os ventos ficam mais intensos e chegam a 61km/h. Chuvas estão previstas em todo o Estado.

É SEGURO ENTRAR NO MAR?

Durante os dias de atuação do ciclone, o mar vai ficar mais agitado. Ondas de período curto e desorganizadas vão se formar, o que é perigoso para quem gosta de surfar e nadar. Para quem possui embarcações pequenas para lazer, é preciso ter cuidado com equipamentos e ficar atento aos sinais do ciclone.

QUAIS SÃO OS SINAIS?

Tempo mais nublado, chuva, mar agitado com ondas entre três e quatro metros próximo da costa.

É A PRIMEIRA VEZ QUE UM CICLONE ATINGE O ES?

Não. Esta é a 9ª vez que um ciclone subtropical é identificado desde 2011, quando foi criada uma lista com nomes para classificar este tipo de fenômeno. Desta vez, o ciclone foi nomeado como Kurumí, que significa menino, em tupi-guarani.

O CICLONE PODE NÃO ACONTECER?

A chance do ciclone não se formar é muito pequena. A Marinha do Brasil utiliza cálculos de computador, observações de satélite e troca de informações com outras centrais meteorológicas para monitorar a formação desses fenômenos naturais. A probabilidade de acerto é alta.

QUANTO TEMPO VAI DURAR?

Um ciclone pode durar até uma semana. No caso do Kurumí, ele começa a se formar nesta quinta-feira (23) e persiste até sábado (25), seguindo para o sudeste e se afastando da costa. Ao atingir o sul do oceano Atlântico, ele se desfaz.

O QUE DIZ O CLIMATEMPO SOBRE O KURUMI

Kurumí poderá nascer no fim da semana

É possível que entre os dias 23 e 24 de janeiro de 2020 se forme uma nova tempestade subtropical (ciclone subtropical) na costa da Região Sudeste do Brasil. Se a previsão se confirmar, a tempestade vai receber o nome de Kurumí, que quer dizer “menino”, em tupi-guarani.

Quem nomeia os sistemas meteorológicos especiais que se formam em áreas oceânicas brasileiras é a Marinha do Brasil. Há uma lista que começou a ser feita em 2011 e teve uma atualização em 2018.

Veja aviso especial da Marinha do Brasil

AVISO NR 069/2019
AVISO ESPECIAL
EMITIDO ÀS 1300 HMG – TER – 21/JAN/2020
POSSÍVEL FORMAÇÃO DE CICLONE SUBTROPICAL EM 23S039W, A PARTIR DE 230300 HMG, COM DESLOCAMENTO PARA SUL. VENTO NE/NW FORÇA 7/9 COM RAJADAS AFETANDO AS ÁREAS BRAVO, DELTA E SUL OCEÂNICA A OESTE DE 035W.
VÁLIDO ATÉ 250000 HMG.

No Atlântico Sul, na costa do Brasil, o mais comum é que ciclones subtropicais e tropicais se desenvolvam em março, que é fim do verão no Hemisfério Sul, quando a água do mar está com maior quantidade de calor armazenado.

Confira a lista completa com a época e local de formação dos sistemas nomeados até agora.

  • 1 – Arani (tempo furioso) – março 2011 – RJ-ES
  • 2 – Bapo (chocalho) – fevereiro 2015 – SP
  • 3 – Cari (homem branco) – março 2015 – SC
  • 4 – Deni (tribo indígena) – novembro 2016 – RJ
  • 5 – Eçaí (olho pequeno) – dezembro 2016 – SC
  • 6 – Guará (lobo do cerrado) – dezembro 2017 – ES-BA
  • 7 – Iba (ruim) – março 2019 – BA
  • 8 – Jaguar (lobo) – maio 2019 – RJ
  • 9 – Kurumí (menino)
  • 10 – Mani (deusa indígena)
  • 11 – Oquira (broto de folhagem)
  • 12 – Potira (flor)
  • 13 – Raoni (grande guerreiro)
  • 14 – Ubá (canoa indígena)
  • 15 – Yakecan (o som do céu)

Nesta terça-feira, 21 de janeiro, a Marinha do Brasil, em conjunto com outros órgãos governamentais brasileiros, emitiu uma nota oficial sobre a possível formação deste ciclone subtropical.

Entre os dias 23 e 24 de janeiro de 2020, a previsão é de que ocorra uma acentuada queda da pressão atmosférica sobre o oceano, entre o litoral sul do Espírito Santo e o norte do Rio de Janeiro, formando um sistema de baixa pressão atmosférica. Tudo acontece sobre o mar, mas algumas rajadas de vento, com até 60 km/h poderão ser observadas sobre o continente.

Em acordo com previsão da Marinha, inicialmente esta baixa pressão atmosférica poderá ser uma depressão subtropical até o dia 23 de janeiro, quinta-feira. Se os ventos alcançarem ou passarem de 63 km/h, esta depressão subtropical será reclassificada como tempestade subtropical e receberá o nome de Kurumí.

Os sistemas especiais de baixa pressão atmosférica só recebem um nome quando se transformam em uma tempestade subtropical. As depressões subtropicais não são nomeadas.

Depois de organizado, este sistema de baixa pressão pressão atmosférica tende a se deslocar cada vez mais para alto-mar, fazendo a trajetória de para sul, e afastando-se cada vez mais da costa da Região Sudeste.

Março é mês de ciclones na costa do BR

A animação mostra a evolução da pressão atmosférica sobre o mar entre os dias 23 e 25 de janeiro de 2020, ao largo da Região Sudeste do Brasil, segundo o modelo de previsão atmosférica GFS, dos Estados Unidos. O centro de baixa pressão atmosférica aparece com a letra L (de low, baixa em inglês). A reprodução é do site windy.com.

Quando o ciclone subtropical pode se formar?

É preciso esclarecer que, nesta quarta-feira, 22 de janeiro, ainda se verá nada deste baixa pressão atmosférica, nenhum efeito nas condições do tempo ou do mar na costa brasileira. O processo de queda da pressão do ar para a formação da baixa pressão atmosférica se dará no decorrer da quinta-feira, 23 de janeiro. Até a noite do dia 23, ou na madrugada do dia 24, as imagens da nebulosidade sobre o Brasil captadas pelos satélites meteorológicos já devem mostrar aglomerados de nuvens sobre o mar, em forma arredondada característica das baixas pressões atmosféricas fortes.

Água quente

A nota da Marinha informa também que a água quente na costa entre o Rio de Janeiro e o Espírito santo, com temperatura entre 26°C e 27°C é um fator que contribui para a formação da depressão subtropical.

Ciclone subtropical Kurumí começa a nascer amanhã (24). Diz Climatempo!

O comunicado da Marinha do Brasil também esclarece que os efeitos no mar e nas condições do tempo são para regiões oceânicas em alto-mar. Esta possível tempestade subtropical estará em alto-mar e se afastando do país e não terá efeito relevante no continente.

Além de formar esta forte baixa pressão atmosférica, a configuração de ventos em diversos níveis de altitude vai estimular a formação de grandes áreas de instabilidade sobre o continente que vão provocar muita chuva nos próximos dias sobre Espírito santo e também sobre o Norte do Rio de Janeiro. A chuva deve ser volumosa e deve causar transtornos para a população. Veja alerta especial.

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Fonte: A Gazeta

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