Cleiton, de 24 anos, nasceu com uma má-formação. Ele não consegue falar e nunca ingeriu comida sólida. Corrente do bem pretende ajudá-lo.
Um jovem de Cubatão (SP) está buscando ajuda para conseguir superar um grave problema de saúde que limita suas atividades diárias. Cleiton Bezerra, de 24 anos, não consegue fechar a boca desde que nasceu por causa de uma má formação que impede que ele coma, mastigue e até beije. A deficiência muscular e esquelética é acompanhada por uma dose de preconceito, por conta de sua aparência. Vários profissionais da área se sensibilizaram com o caso e começaram a ajudá-lo para que ele possa ter uma vida normal.
A mãe dele, Fabíola Bezerra, de 42 anos, conta que a gravidez e o parto foram tranquilos. Três dias após o nascimento, ela e a família notaram algumas características diferentes no menino. “Ele tinha o braço sem muita coordenação motora. A tia percebeu que a mão dele era um pouco torta, e ele não sugava o meu peito, não conseguia mamar. A gente tirava o leite e ele tinha dificuldade de engolir”, conta a mãe.
Fabiola levou Cleiton, com poucos dias de vida, a vários médicos. Ela percorreu diversas instituições no Estado de São Paulo para descobrir qual era o problema do filho, que foi diagnosticado com uma paralisia conhecida como distrofia neuromuscular generalizada. Cleiton foi atendido durante quase 20 anos por uma equipe multidisciplinar da Casa da Esperança, em Cubatão. Quando completou a maioridade, recebeu alta médica da entidade.
Desde criança, Cleiton só ingere comidas pastosas e, durante um período, chegou a se alimentar por sonda, devido à dificuldade de engolir. “Ele não mastiga, não engole a saliva. Vive com uma toalhinha, porque baba muito. Ele não fecha a boca. Engole tudo pastoso, como se fosse um bebê mesmo. Enquanto a gente come em 20 minutos, ele leva mais de uma hora. Ele não come em lugar público, tem vergonha”, diz ela.