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Casos de HIV/Aids aumentam 60% em 10 anos – Notícias da ALES

O Espírito Santo registrou, nos últimos 10 anos (2011-2021), um aumento de 60% dos novos casos de HIV/Aids. Os dados constam no Boletim Epidemiológico de 2022, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Para fins de estatística, são considerados os casos em pessoas acima de 13 anos. 

No ano passado, foram registrados 1.171 novos casos, sendo 75,4% (883) de pessoas do sexo masculino. Entre homens, a faixa etária com a maior proporção foi a de 20 a 29 anos, representando 39% dos casos. A principal categoria de transmissão continua sendo a via sexual (81,6% dos casos).

Segundo o boletim epidemiológico, considerando o número de casos novos por 100 mil habitantes, em 2021 o indicador estadual de detecção da Aids foi de 28,5%. No entanto, em alguns municípios esse percentual ficou acima: Vitória (50,9%), Vila Velha (67,4%), Serra (53,3%), São Mateus (44,6%), Conceição da Barra (31,8%), Montanha (42,2%) e Colatina (30,6%).

Isso não significa, necessariamente, que esses municípios possuem mais casos. A razão das taxas mais elevadas pode ser o maior acesso à rede de saúde e, consequentemente, maior realização de exames e maior número de diagnósticos, explica a médica e técnica da Coordenação Estadual de IST/Aids-Sesa-ES, Bettina Moulin Coelho Lima.

Arte sobre incidência da Aids no ES, com dados sobre novos casos, principal meio de transmissão, faixa etária, municípios com maiores taxas etc

Transmissão

A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.  

O HIV pode ser transmitido no contato direto com sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas pelo vírus, como sêmen, fluidos vaginais, leite materno ou pré-ejaculatórios (na relação sexual sem camisinha), compartilhamento de agulhas e seringas, doação de sangue ou na gestação, trabalho de parto/parto ou pelo aleitamento materno.

Para que as pessoas tenham mais consciência sobre a doença e as formas de prevenção e tratamento, comemora-se em 1º de dezembro o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Sintomas e tratamento

De acordo com Betina Lima, a grande maioria das pessoas não tem qualquer sintoma. “Uma pessoa com o vírus – “soropositivo” – tem o vírus, pode transmitir o mesmo, sem qualquer sintoma. Após um tempo, a pessoa contaminada, sem tratamento, o vírus atacando as células de defesa, a pessoa pode começar a adoecer por falta das suas defesas naturais, e ter as ditas ‘doenças oportunistas’, como tuberculose, algumas formas de pneumonia, emagrecimento etc.”, afirma a ginecologista. 

Apesar de ainda não haver cura para a doença, há muito o que ser feito para controlá-la. “A partir do momento em que a pessoa tem o diagnóstico, já inicia o tratamento com medicação, que geralmente é esquema de 3 drogas diferentes. Pode não ter efeito colateral, mas pode haver dificuldade para dormir, dores de cabeça, diarreia, náuseas, fadiga, tontura e dor nas articulações dentre outros”, afirma a médica.

Bettina Lima destaca ainda que, com o tratamento adequado, é possível ficar com carga viral não detectada. Assim, com o vírus não atacando as células de defesa, a pessoa leva uma vida normal, inclusive não transmitindo o HIV para outras pessoas.

Aids e gravidez 

Foto de medicamento para profilaxia em caso de pré-exposição ao HIV

Quando a pessoa está com carga viral não detectada não transmite o HIV, mesmo nas relações sexuais sem preservativos. Mas, por exemplo, se  uma mulher soropositiva quiser engravidar e estiver se relacionando com um soronegativo, “a pessoa que não tem o vírus deve tomar medicação (profilaxia pré-exposição, PReP)”, alerta a médica. 

Outra situação relatada pela ginecologista envolve um recém-nascido, filho de mãe soropositiva. Nesse caso, com a gestante em tratamento e carga viral negativa e o bebê usando medicação antirretroviral durante 28 dias imediatamente após o nascimento, e não havendo aleitamento materno, a chance de se transmitir o vírus HIV para o recém-nascido é menor que 1%, segundo Bettina Lima.

Preconceito e situações de risco 

Bettina Lima observa que o preconceito ainda existe e dificulta o tratamento adequado. “Muitas vezes o sofrimento da pessoa é maior devido ao preconceito do que com a própria doença. Isso pode fazer com que a pessoa não busque atendimento ou não tome medicação adequada para tentar esconder sua situação”, pontua.

Dados referem-se aos novos registros no período de 2011 a 2021, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, abrangendo pessoas acima de 13 anos que testaram positivo

Casos de HIV/Aids aumentam 60% em 10 anos

Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
Para mais informações sobre a Assembleia Legislativa do ES acesse o site da ALES

Casos de HIV/Aids aumentam 60% em 10 anos

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