Na lista que figura nomes como Neymar, Jonas e Roberto Firmino, um cachoeirense vem ganhando destaque entre os brasileiros que mais marcaram gols na temporada de futebol deste ano na Europa. Fabrício Santos Simões, 33 anos, está em sétimo lugar. Com belos gols, passes decisivos e dribles desconcertantes, o cachoeirense joga pelo time Alki Oroklini, do Chipre, e está disputando o campeonato Ciprota e a Taça do Chipre.
Fabrício Simões atua como atacante e começou no futebol aos 12 anos, na Escolinha de Futebol do João Carlos, em Cachoeiro de Itapemirim. No Brasil passou por Unitri, Estrela do Norte e Penapolense. Esteve durante cinco temporadas no futebol português, passando por clubes como o Câmara de Lobos, Machico, Castelo Branco, Operário Lagoa, Leiria, Estoril Praia e Covilhã, até se transferir para o futebol angolano, jogando por Caála, Benfica Luanda, Petro de Luanda e Libolo. “Comecei aos 12 anos na escolinha de futebol do João Carlos. O João é uma pessoa incrível, aprendi muita coisa com ele e não foi só no futebol. Até hoje tenho respeito e um carinho muito grande. Sempre que estou de férias, e posso, eu vou até lá visitá-lo”, relembra.
Dificuldades
Com 21 gols na temporada, sendo 20 no campeonato, onde está em 3º lugar na artilharia, com dois gols a menos que o 1º colocado e um gol na taça do Chipre, o atacante conta que nem sempre a adaptação é fácil. O jogador disse que pensou em desistir do futebol em 2008, chegando até a fazer entrevista para trabalhar como segurança, quando Vitor Cunha, que já havia sido seu treinador, perguntou se ele tinha interesse de voltar a jogar no futebol português, onde não parou mais. Ao todo, o atleta já jogou em 12 times fora do Brasil.
“Já passei por muitas dificuldades. Estive em lugares onde o básico do dia a dia faltava em supermercados; em Angola eu e meu filho, na época com 2 anos, tivemos malária; tive salários atrasados; dificuldade de tirar vistos para morar fora;e muita burocracia”, comenta. A distância da família e trabalhar muitos anos no futebol e não ter direito nenhum, nem carteira assinada, nem direito à aposentadoria, é outra queixa do jogador.
Motivação
A paixão pelo esporte é o que motiva Fabrício diariamente. O desafio da vitória é um dos fundamentos que o faz brilhar dentro dos gramados, porém, fora das quatro linhas sua inspiração está em sua família: a esposa Dielle Gava Novaes Simões e seu filho Davi Lucca, hoje com 4 anos, que dão força nos momentos difíceis e aplaudem os felizes.
“Tenho uma paixão muito grande pelo esporte, quero ganhar sempre, mas nem todas as vezes isso acontece, e também gosto de novos desafios. Mas o que me conforta é que tenho uma companheira, que é minha esposa Dielle e meu filho Davi Lucca, que estão sempre me dando força naqueles momentos difíceis e, nos bons, estão ali para me aplaudir”, finaliza o jogador.
Fonte: Aqui Noticias