A OMC (Organização Mundial do Comércio) deve criar iniciativa para manter o fluxo de comércio de fertilizantes livre de sanções enquanto durar a guerra na Ucrânia. Tratou-se de pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) à diretora-geral da organização, Ngozi Okonjo-Iweala, que o visitou em Brasília na 2ª feira (18.abr.2022).
O esforço de Okonjo-Iweala deve anteceder a 12ª Conferência Ministerial da OMC, em junho em Genebra (Suíça), dada a urgência. Ela disse que o temor de falta de fertilizantes deve ser discutido com os Estados Unidos –país que impôs o maior número de sanções contra a Rússia por causa da invasão militar à Ucrânia. Mas também com os demais integrantes da organização.
“É preciso tratar do assunto como exceção e permitir o fluxo internacional de fertilizantes. Nada aconteceu ainda. Mas vamos ver como a iniciativa segue adiante”, afirmou Okonjo-Iweala.
Organização deve criar iniciativa para manter livre o fluxo do insumo enquanto durar a guerra na Europa
Obstáculos a esse comércio são vistos pela diretora-geral da OMC como ameaças à segurança alimentar. “Se houver problemas com o fluxo, teremos mais problemas com os preços [dos alimentos]”, afirmou, em referência aos valores acentuados ainda mais nos últimos meses pela guerra na Ucrânia.
Rússia e Belarus são os principais fornecedores de fertilizantes ao Brasil, Índia e outros produtores agrícolas. Sanções comerciais aplicadas pelos EUA e seus aliados têm potencial para inibir o trânsito desses insumos e também dos de sementes.
A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, e o chanceler Carlos França, durante encontro em Brasília, nesta 2ª feira (18.abr.2022)
Brasil pede à OMC meio para manter comércio de fertilizantes
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