O presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta segunda-feira (18), ajuda à Organização Mundial do Comércio (OMC) para garantir uma espécie de “salvo-conduto” ao fluxo de fertilizantes importados de países que sofreram sanções econômicas e financeiras por causa da guerra na Ucrânia.
Os alvos das medidas restritivas são a Rússia e Belarus, dois dos principais exportadores dos insumos ao agronegócio brasileiro. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo lançou um plano nacional de fertilizantes e tenta obter fornecedores alternativos para evitar impactos na produção de alimentos no campo e inflação.
A ajuda diplomática da OMC foi discutida em Brasília, durante audiência reservada de Bolsonaro com a diretora-geral da entidade, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala. Ela teve apoio do Brasil para chegar ao cargo. Depois do encontro, ela sinalizou ser favorável ao pedido, mas disse que precisa submeter a proposta brasileira à consideração dos demais membros da organização.
– Precisamos dialogar com os membros para ver como avançar. Vamos ver que tipo de apoio essa ideia receberá. A questão é superar os limitantes em decorrência da guerra para que alimentos e fertilizantes tenham circulação, se não teremos mais escassez e mais fome – ressaltou a diretora-geral.
Ajuda diplomática foi discutida em audiência de Bolsonaro com a diretora-geral da OMC, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala
Ela disse que o mundo vive um “período de stress” na segurança alimentar, por causa da guerra na Ucrânia, e que espera trabalhar com a liderança do Brasil para melhorar a situação em escala global. A diretora afirmou que os preços subiram em espiral e que os países produtores devem se esforçar para melhorar o abastecimento ao mercado internacional.
Bolsonaro ao lado da diretora-geral da OMC após reunião Foto: PR/Alan Santos
Bolsonaro pede ajuda da OMC para importar fertilizantes
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