Antes de assumir a presidência da República, Bolsonaro foi Deputado Federal por sete mandatos consecutivos (1991/2018), passando despercebido da maioria da população. Em 2014, se aproveitando do derretimento da Esquerda se lançou candidato a presidente para as proximas eleições, que foram realizadas em 2018.
Apostando no desgaste da Esquerda, que no Governo Dilma abusou da prerrogativa de fazer besteiras, Bolsonaro virou o queridinho de parte do eleitorado brasileiro que até então se mantinham calados, os preconceituosos, racistas, homofóbicos que enxergaram no “Mito” seu representante, conquistou também aqueles eleitores desiludos com a Esquerda, cansados de tanta noticias ruins acerca da ética e moral, e com grande parcela da classe política envolvida em escândalos de corrupção. Com o cenário perfeito para uma candidatura extremista, Bolsonaro entrou em frenética campanha, e o pior, ainda não parou.
Em eterna campanha mesmo depois de eleito, Bolsonaro mostra seu total desprezo pelas instituições, quando se abstrai de dialogar com o Congresso com receio de perder popularidade. Em eterna campanha, Bolsonaro incetiva os filhos a atacarem seus adversáros, em eterna campanha Bolsonaro alimenta o sentimento anti-PT da população. O Brasil virou um barril de pólvora, dividido entre os anti-PT, os anti-Bolsonaro, os prós Lula, os prós Bolsonaros e até uns lunáticos que querem a volta da Ditadura, e a Democracia cada dia mais doente.
Com movimentos calculados, o presidente sabe que administrar o país pode lhe custar alguns pontos negativos em sua popularidade, com isso perdemos a chance de vê-lo atuar como presidente, por enquanto esse papel está sendo feito por Paulo Guedes e CIA. Com o pensamento voltado exclusivamente em 2022, obsessão cultivada por ele e os filhos, o presidente segue sua viagem em assento privilegiado, estudando cada ataque que irar desferir, para alimentar seus seguidores, que aplaudem cada absurdo que o MITO comete, com essas atitudes Bolsonaro afasta pessoas que acreditavam na mudança e que poderiam de alguma forma está ajudando na condução da política brasileira.
Enquanto 2022 não chega, o Brasil segue em clima de campanha permanente, perdendo oportunidades preciosas para se votar reformas estruturantes, reformas essas que podem mudar para melhor o cenário sócio-econômico do país, sem contar no mal que essa letargia do Presidente está causando na politica brasileira. Enquanto 2022 não chega o que nos resta é torcer para o bom senso reinar na classe política e harmonia reine entre os poderes.
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