Deputados bolsonaristas integrantes do Conselho de Ética da Câmara reclamaram nesta 4ª feira (27.abr.2022) do volume de processos contra congressistas do grupo no colegiado. De acordo com eles, a quantidade faz parte de uma estratégia da oposição para constrangê-los. O deputado Márcio Labre (PL-RJ) sugeriu, então, que ele e seus colegas comecem a também representar contra colegas da oposição.
O Conselho de Ética retomou os trabalhos nesta 4ª feira. O colegiado ainda não havia se reunido neste ano. Os deputados iniciaram a análise de 7 processos por quebra de decoro parlamentar, a maioria deles contra deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro por postagens em redes sociais.
“O campo conservador não reage, mas fica um aviso de que a gente agora também vai fazer a mesma coisa. Quando vocês chamarem o presidente de genocida, dizerem que vão cortar a cabeça, explodir ele, vai ter partido representando e vocês vão ter trabalho também”, disse Labre.
Colegiado retomou trabalhos nesta 4ª feira; um dos processos analisados é contra o deputado Wilson Santiago
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é alvo de 7 representações, concordou com o colega. “A gente sabe que a estratégia da esquerda é fazer essa guerra de narrativas para criar títulos em jornais para nos denegrir. Talvez seja a hora de agirmos da mesma maneira, mas vamos ter que, infelizmente, gastar o tempo dos parlamentares”, disse.
Eduardo sugeriu que congressistas que se sintam prejudicados, acionem a Justiça em vez do Conselho de Ética. “Se fôssemos partidos maduros, a gente tava trocando chumbo na internet. […] Caso alguém se sinta prejudicado, tem coisa muito melhor que o Conselho de Ética, que é entrar na Justiça e dar uma mordida no dinheiro do cara”, disse.
O Conselho de Ética retomou os trabalhos nesta 4ª feira
Bolsonaristas prometem ofensiva à oposição no Conselho de Ética
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