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3 de julho de 2025
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BNDES destina R$ 43 milhões para preservação de ilhas oceânicas

BNDES Anuncia Investimentos para Preservação da Biodiversidade de Ilhas Oceânicas

Na última segunda-feira (2), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelou um investimento de R$ 40 milhões voltado para a preservação da biodiversidade das ilhas oceânicas do Brasil. Esse aporte financeiro faz parte do projeto BNDES Azul, que inclui a nova linha de crédito BNDES Biodiversidade – Ilhas do Futuro, Ninhos Protegidos. A iniciativa selecionará projetos que busquem restaurar e proteger habitats reprodutivos de aves marinhas e migratórias, cuja sobrevivência está ameaçada.

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que um dos principais objetivos do projeto é o combate às espécies invasoras, especialmente roedores, que atacam os ninhos das aves nas ilhas. "O Brasil possui um conjunto de ilhas que são patrimônio natural, atualmente ameaçado. Algumas espécies de aves que habitam essas ilhas estão vulneráveis e em risco", afirmou Tereza, enfatizando a importância da preservação desses ecossistemas.

Instituições sem fins lucrativos poderão se inscrever para apresentar projetos com um investimento mínimo de R$ 5 milhões. O BNDES financiará até 50% de cada proposta aprovada, buscando atrair iniciativas eficazes para o restabelecimento das condições de habitat.

Além desse investimento, o BNDES também ampliou sua linha de crédito BNDES Corais em R$ 43 milhões, destinado a projetos de recuperação de recifes em diversas regiões do Brasil. A primeira fase dessa linha já havia destinado R$ 45 milhões a instituição reconhecidas, como WWF e Funbio. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, essa ação é crucial, uma vez que recifes de coral são um dos ecossistemas mais ameaçados dos oceanos, mas essenciais para a vida marinha e desenvolvimento da biodiversidade.

No mesmo dia, o Banco assinou um contrato de R$ 12 milhões para estudos do Planejamento Espacial Marítimo (PEM) ao longo da costa sudeste, abrangendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esse plano visa mapear o litoral brasileiro como parte de um compromisso assumido pelo Brasil na Conferência da ONU para os Oceanos, em 2017, com a meta de concluir o mapeamento até 2030.

Atualmente, estão em andamento os PEMs nas regiões Sul e Nordeste, com a inclusão de um consórcio para realizar o PEM da costa norte, que se estende do Maranhão ao Amapá. Essa região é reconhecida por seu potencial para a produção petrolífera, mas também levanta preocupações entre ambientalistas em relação aos possíveis riscos à vida selvagem local.

Tereza Campello ressaltou que a realização do mapeamento e planejamento é uma obrigação do Brasil frente aos organismos internacionais, independentemente de futuras discussões sobre a exploração de recursos.

Edital do BNDES destina R$ 43 milhões para proteção de ilhas oceânicas

Fonte: Agencia Brasil.

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