Após desistir da proteção de vidro e da barreira inclinada, o governo estadual definiu o novo modelo de grade para prevenir suicídios na Terceira Ponte: a ideia agora é construir uma grade de 2,65 metros com cabos de aço na vertical para evitar escaladas.
Além disso, a barreira terá lanças pontiagudas na parte superior e todo material será inoxidável para não sofrer corrosão causada pela maresia. A previsão é de que a instalação tenha início ainda este ano e seja concluída até julho de 2019, com um custo de R$ 15 milhões.
O anúncio foi feito ontem pela Agência de Regulação de Serviços Públicos (ARSP), um dia após a operação para salvar um homem que ameaçava tirar a própria vida. A negociação durou oito horas, resultando na maior interdição da história da ponte e num caos que atingiu o trânsito da Grande Vitória.
Responsável pela Terceira Ponte, a Rodosol apresentou quatro modelos de proteção contra suicídio. Os dois primeiros foram descartados por questões financeiras e técnicas. A barreira inclinada feita com cabos de aço, por exemplo, foi testada por bombeiros, que conseguiram furar o bloqueio e escalar a grade.
A nova estrutura será instalada em toda extensão da ponte, ao longo de seis quilômetros, aumentando a altura do guarda-corpo de 1,20m para 2,65m.
“Esse conceito se mostrou mais vantajoso, pois temos a preservação da segurança das pessoas e a qualidade estética, mantendo a visualização do Convento da Penha e da Baía de Vitória, além do custo envolvido, que será menor”, afirmou o diretor da ARSP, Júlio Castiglioni.
Um protótipo da grade foi criado e já foi testado por funcionários da Rodosol e membros do Corpo de Bombeiros.
“Não vamos dizer que é impossível de ultrapassar a barreira, mas será dificílimo tentar o ato do suicídio”, disse Castiglioni.
Segundo Castiglioni, a previsão do governo é de que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-ES) abra o processo de licitação para contratar a empresa responsável pela obra ainda este ano.
As intervenções na ponte vão acontecer sempre no período da noite para não atrapalhar o trânsito, e a previsão de entrega é de seis meses.
“Se não houver nenhuma intercorrência, iniciamos a obra ainda este ano”, prometeu o diretor da ARSP.
Fonte: Tribuna Online