Enquanto tenta ser reconduzido para um terceiro mandato, o procurador-geral da República, Augusto Aras, aumentou sua influência no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A manutenção dele no cargo é articulada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e a ideia é também defendida por petistas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por serem órgãos capazes de controlar e punir integrantes do Ministério Público e do Judiciário, o CNMP e o CNJ são sempre motivo de interesse para políticos. Há, ainda, mais interesse agora porque os órgãos abriram duas inéditas devassas em todas as investigações e procedimentos realizados na Operação Lava Jato em Curitiba, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Aras foi procurado, mas não se manifestou.
A investigação sobre a Lava Jato no CNJ foi também turbinada, no mês passado, com o compartilhamento de mensagens trocadas pelos procuradores e obtidas pelo hacker Walter Delgatti, preso na Operação Spoofing. Políticos veem essas investigações do CNMP e do CNJ como oportunidades de “limpar a biografia”.
RECONDUÇÃO
Nesse cenário, Aras conseguiu articular no CNMP a aprovação de conselheiros simpáticos a seus posicionamentos. O grupo foi chancelado em sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última terça-feira (11).
Procurador-geral da República aumentou sua influência no Conselho Nacional do Ministério Público
Se passarem no plenário da Casa, serão reconduzidos a novos mandatos de dois anos, a partir de 14 de dezembro: Ângelo Fabiano Farias (do Ministério Público do Trabalho), Jaime Cassio Miranda (do Ministério Público Militar), Paulo Cezar dos Passos (do Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Antônio Edílio Magalhães (do Ministério Público Federal).
Procurador-Geral da República Augusto Aras Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Augusto Aras engata busca por um terceiro mandato na PGR
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