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Atlas traz visibilidade a unidades de conservação no Rio de Janeiro

Papagaio-chauá: Esforços de Conservação na Mata Atlântica

O papagaio-chauá, com suas penas vibrantes em vermelho, laranja, azul e roxa, é uma das aves mais singulares da Mata Atlântica. Entretanto, sua beleza torna-a alvo de captura ilegal, uma das principais ameaças à espécie, juntamente com o desmatamento. Para garantir a proteção desse pequeno animal, o município de Cambuci, localizado a cerca de 300 quilômetros do Rio de Janeiro, mantém o Refúgio da Vida Silvestre (Revis) do Chauá. Esta unidade de conservação abrange 4,4 mil hectares e é responsável pela preservação de pelo menos 67 nascentes, além de abrigar outras espécies ameaçadas, como a paca, o tatu-galinha e o sagui-taquara.

O Revis do Chauá é aberto à visitação, oferecendo atividades como trilhas, ciclismo e banho de cachoeira. Contudo, informações sobre o local e outras unidades de conservação municipal no estado do Rio de Janeiro ainda são escassas. Para reverter essa situação, foi lançado, em maio, o Atlas das Unidades de Conservação Municipais do Estado do Rio de Janeiro, um documento abrangente de quase 600 páginas que mapeia 416 unidades em 92 municípios fluminenses. O material fornece detalhes como mapas, descrições de fauna e flora, bem como informações sobre atrativos naturais e estruturas de uso público.

“A intenção é promover o pertencimento das pessoas a essas unidades, tornando-as mais conhecidas e valorizadas”, afirma Renata Lopes, subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. O atlas foi elaborado nos últimos quatro anos com apoio de recursos do ICMS Ecológico, provenientes de compensações ambientais. Além disso, pretende apoiar as gestões municipais, coletando dados que podem ser perdidos em trocas de administrações e estimulando estratégias de manejo.

Uma ferramenta digital vinculada ao atlas deve ser lançada em julho, possibilitando fácil acesso a mapas e informações atualizadas sobre as unidades de conservação, que atualmente protegem cerca de 13% do território fluminense, somando-se às 39 unidades estaduais e 19 federais. Juntas, elas desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade e na segurança hídrica.

Por sua importância, Sérgio Ricardo Potiguara, do Movimento Baía Viva, recomenda que o governo do estado priorize o financiamento para ações de conservação, como a instalação de brigadas florestais para o combate a incêndios. Ele ressalta a necessidade de garantir uma gestão efetiva das unidades de conservação, especialmente em um estado que tem enfrentado crises hídricas, resultantes do desmatamento na Mata Atlântica.

Os interessados pela Mata Atlântica também encontrarão no atlas informações sobre o bioma e detalhes sobre as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), além de dados sobre a Fazenda Caruara, a maior RPPN do Brasil, situada em São João de Barra. Com apenas 13% da Mata Atlântica remanescente no país, as unidades de conservação no estado do Rio de Janeiro desempenham um papel vital na proteção dessa rica biodiversidade.

Atlas quer tornar unidades de conservação fluminenses mais conhecidas

Fonte: Agencia Brasil.

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