A Insurreição de Queimado, considerada a maior revolta contra a escravidão no Espírito Santo, completou 176 anos e foi lembrada em uma sessão solene realizada na Assembleia Legislativa (Ales) nesta terça-feira (8). O evento foi coordenado pela deputada Iriny Lopes (PT), que ressaltou a importância histórica desse levante para as lutas atuais.
No ano de 1849, mais de 200 negros escravizados, liderados por Chico Prego, João da Viúva e Elisiário, revoltaram-se contra a promessa de liberdade não cumprida pelo frei Gregório de Bene. A revolta foi violentamente reprimida, resultando na condenação à morte de parte da liderança. As ruínas da antiga igreja de São José do Queimado, preservadas por movimentos sociais, representam o símbolo deste episódio histórico.
A deputada Iriny Lopes, autora da Lei 12.032/2024, que institui a Semana Estadual da Insurreição de Queimado, falou sobre a importância de manter viva a memória desse evento e honrar aqueles que lutaram por sua liberdade. A vereadora de Vitória Ana Paula Rocha (PT) destacou a necessidade de reivindicar a herança de resistência da população negra no Brasil.
O evento contou com a presença da gerente de Políticas de Promoção à Igualdade Racial, Edineia Conceição de Oliveira, da secretária municipal de Direitos Humanos de Serra, Lilian Mota, e do representante do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Serra, Ivo Lopes, que também discursaram na ocasião.
A celebração dos 176 anos da Insurreição de Queimado foi um momento para enaltecer a importância do povo negro na construção do estado, valorizar sua cultura e reafirmar a luta por igualdade. Essa data histórica é fundamental para refletir sobre o passado e buscar a justiça e a memória para construir um futuro mais igualitário para todos os cidadãos.
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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Assembleia celebra 176 anos da Insurreição de Queimado