Qual é o telefone para as famílias vulneráveis solicitar serviço funeral em Anchieta, pergunta vereadora Márcia depois de um corpo ficar a espera por mais de 14 horas
Deveria ser pegadinha, mas não é. Em Anchieta, o corpo de uma idosa de 62 anos que foi óbito nesta semana, permaneceu na casa onde morava com os filhos e os netos por mais de 14 horas a espera do serviço funeral.
A vereadora Márcia Cypriano Assad do Podemos foi procurada pela família da idosa, que reside no bairro Nova Anchieta e imediatamente protocolizou um requerimento na Câmara Municipal solicitando informações a Secretaria de Assistência Social para saber como funciona o serviço que atende as famílias em vulnerabilidade social.
Márcia quer saber qual é o telefone que as famílias podem ligar nos fins de semana, à noite, depois do horário do expediente e feriados. E cobra transparência na divulgação do número para que todos tenham acesso e não passem por tamanho constrangimento. Márcia fez um voto de pesar a família e quer mais humanidade as famílias anchietenses no momento de tamanha dor, na perda de um entequerido.
Na última sessão, terça 11, a vereadora fez um pronunciamento muito sério falando do descaso do município com uma família do bairro Nova Anchieta. A idosa faleceu às 23h45 quarta-feira, 12, e o serviço funeral só chegou às 14h15 do dia seguinte. E, o corpo da senhora de 62 anos permaneceu em casa com a filha e os netos, toda a família a espera do serviço funeral.
“Durante esta semana tivemos um episódio que não foi muito agradável. Na quarta-feira uma senhora do bairro Nova Anchieta, 62 anos, morreu depois de lutar contra um câncer no útero. Ela faleceu as 23h45 e foram feitas várias tentativas de ligações para o telefone do Cras e para o fone de plantão da pessoa que fica este telefone. Este telefone só foi atendido no dia seguinte, o corpo só foi preparado para o sepultamento às 14h15 na residência dela quando o serviço chegou ao local”, disse.
Márcia explica a diferença entre auxilio funeral e serviço funeral. “O auxilio funeral já existia, é um serviço de entrega de uma urna para uma família em vulnerabilidade social ou uma família referenciada pelo Cras. Eu tenho muita honra em falar porque o serviço foi implantado quando eu fui secretária de Assistência Social. O serviço funeral além da urna faz o preparo do corpo. Durante este tempo todo, o corpo da idosa ficou na residência com a filha e os netos dentro de casa. Foi uma cena muito triste, porque a pessoa já está naquele momento frágil de ter perdido a mãe e ainda passar por este constrangimento de precisar deste serviço e este demorar tanto tempo”, ressaltou a vereadora.
Márcia relembrou que quando foi secretária de Anchieta, espontaneamente foi à Câmara explicar como funcionava o serviço funeral. Em tempo justificou o requerimento lido na sessão desta terça, 11. “O meu requerimento é necessário porque nós não sabemos qual é o telefone que atende após às 17h00, não sabemos se este telefone está disponibilizado na cidade. Quando eu fui secretária este telefone ficava disponibilizado no Hospital do Mepes, no PA, nas unidades de saúde, até para os vereadores que às vezes ligavam para confirmar. Quem vai querer serviço funerário se não for necessário? Pensem nisso. Este telefone precisa ser divulgado para os setores públicos, para que as famílias sejam ajudadas da forma mais rápida, eficaz e eficiente. Qual é o telefone? Quem são as pessoas envolvidas neste rodizio, no sábado, no feriado, no fim de semana, questiona Márcia Cypriano.
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