A agressão à procuradora-geral do município de Registro (SP), Gabriela Monteiro de Barros, esteve em pauta durante a sessão ordinária desta quarta-feira (22). A deputada Janete de Sá (PSB), que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à Violência Familiar e Doméstica, apresentou o vídeo do espancamento da advogada, leu uma nota de repúdio e defendeu a urgência no combate à violência de gênero.
O texto, encabeçado pela frente parlamentar, presta total apoio à vítima e cobra medidas urgentes e punitivas ao agressor, Demétrius Oliveira de Macedo, inclusive com pedido de exoneração dele do cargo de procurador da Prefeitura de Registro.
Janete informou que o documento será encaminhado para os gabinetes a fim de ser assinado pelos demais deputados e pelo presidente do Legislativo, deputado Erick Musso (Republicanos). Em seguida, a nota será encaminhada para a Prefeitura de Registro, além de outros órgãos do Estado de São Paulo.
“Quero que ela saiba que ela não está sozinha, que estamos com ela. O Espírito Santo tem mulheres que apoiam outras mulheres. Pedimos a punição severa do agressor e que ele também perca o cargo e o direito de exercer essa profissão”, declarou.
Entenda
O caso, que ganhou repercussão na mídia e em redes sociais, aconteceu na segunda-feira (20), dentro da Prefeitura de Registro, onde a vítima e o agressor são servidores concursados desde 2013. Relatos da procuradora-geral dão conta de que o ataque ocorreu após ser publicada a instauração de processo administrativo disciplinar contra o colega no Diário Oficial do município.
Segundo a vítima, a abertura do processo aconteceu após o recebimento de denúncias de outras mulheres a respeito do comportamento do homem no local de trabalho. A servidora, que é chefe do agressor, afirma que nas reclamações há relatos de que ele hostilizava outras mulheres do setor que diziam sentir medo e falavam de falta de urbanidade e respeito por parte dele.
A procuradora, de 39 anos, foi agredida com chutes, socos na cabeça e em partes do tronco. Além de ser machucada fisicamente, ela foi atacada verbalmente pelo funcionário, de 34 anos. O rosto da mulher ficou desfigurado.
O agressor foi afastado de suas funções por 30 dias e teve o salário cortado. Ele foi ouvido e solto pela Polícia Civil, já que, segundo o delegado responsável pelo caso, não houve flagrante. À polícia, o homem alegou que agrediu a colega de trabalho porque sofria assédio moral. No início da tarde desta quarta-feira a Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva do procurador.
Deputada Janete de Sá propõe nota de repúdio pedindo apuração rígida do caso
Agressão a procuradora de SP repercute na Ales
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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